Vamos comemorar um tribunal que julga de acordo com a opinião pública?

Por Rubens Casara, em Justificando

“Que teríamos feito sem os juristas alemães?” (Adolf Hitler)

Em 1938, o líder nazista Adolf Hitler foi escolhido o “homem do ano” da revista Time. Antes disso, Hitler figurou na capa de diversas revistas europeias e norte-americanas, no mais das vezes com matérias elogiosas acerca de sua luta contra a corrupção e o comunismo que “ameaçavam os valores ocidentais”. Seus discursos contra a degeneração da política (e do povo) faziam com que as opiniões e ações dos nazistas contassem com amplo apoio da opinião pública, não só na Alemanha. O apelo transformador/moralizador da política e as reformas da economia (adequada aos detentores do poder econômico) fizeram emergir rapidamente um consenso social em favor de Hitler e de suas políticas. (mais…)

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O novo cenário da luta de classe passa pela lava jato e meios de comunicação de massa

Por Juarez Cirino dos Santos, em Justificando

1. A luta de classes no processo político brasileiro apresenta características inéditas na história do capitalismo. Como sempre, e mais ainda nas sociedades neoliberais contemporâneas, as classes hegemônicas – as elites de poder econômico e político – dominam o Poder Legislativo, integrado por maiorias de parlamentares conservadores; igualmente, a maioria dos membros do Poder Judiciário (Juízes, Desembargadores e Ministros) são provenientes das classes sociais médias e altas da sociedade (como indicam todas as pesquisas empíricas realizadas) e, em correspondência com sua origem social, ostentam posições ideológicas conservadoras. Mas, no âmbito do Poder Executivo, o caso brasileiro constitui notável exceção: a Presidência da República não é exercida pelas classes dominantes desde 2002 – ou seja, nos Governos Lula (2002 a 2010) e Dilma (2010 em diante) [sic]. Como se sabe, esse jejum político é insuportável para os grupos agroindustriais e vídeo-financeiros nacionais, alijados do poder responsável pelas grandes decisões econômicas e políticas do País. Então, o que fazer? (mais…)

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Perú: una “epidemia” de envenenamiento por mercurio asola a los indígenas Nahua

Na Survival

Hasta el 80% de un pueblo indígena recientemente contactado en Perú (los nahuas) ha resultado envenenado con mercurio, lo que ha disparado la ya de por sí grave preocupación sobre el futuro de esta tribu. Un niño ya ha fallecido con síntomas relacionados con el envenenamiento por mercurio.

El origen de esta intoxicación es un misterio, aunque los expertos sospechan que se podría responsabilizar al gran proyecto gasístico peruano conocido como Camisea, que abrió la tierra de esta tribu en los años 80. Recientemente el proyecto se ha expandido aún más en territorio nahua, lo que ha suscitado la férrea oposición de este pueblo indígena. (mais…)

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Seminário reuniu cerca de 80 camponeses e camponesas em Monte Santo, Bahia

Na CPT Bahia

Aconteceu entre os dias 9 e 10 de março, o segundo seminário de trabalhadores/as do campo promovido pela CPT, AATR e movimentos e organizações sociais da diocese de Bonfim. Com o título, “Espaço: Dialogo da Terra”, o evento teve como objetivo refletir a questão agrária, reanimar e fortalecer a organização conjunta dos trabalhadores/as da região de Monte Santo, como também lutar contra a inércia dos poderes do Estado, frente aos atos de violência e violações aos direitos humanos dos trabalhadores. (mais…)

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Liminar eleva vazão do reservatório de Xingó, que alimenta o São Francisco

Por Edwirges Nogueira – Correspondente da Agência Brasil

Por decisão judicial, a vazão mínima liberada pelo reservatório de Xingó, entre Sergipe e Alagoas, passou de 800 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 900 m³/s. A liminar, expedida pela 9ª Vara da Justiça Federal em Própria (SE), faz parte de uma ação civil pública movida por colônias de pescadores do estado, que se sentiram prejudicadas pela diminuição da água que sai de Xingó para a foz do rio São Francisco.

A vazão de 900 m³/s foi autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e está sendo praticada pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) desde o fim de fevereiro. No entanto, a Chesf, que opera a Usina Hidrelétrica de Xingó, informou, por meio de nota, que vai recorrer da decisão. (mais…)

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Maputo, Moçambique: Denúncia da parceria entre a WWF e o Prosavana

Na farmlandgrab.org

Há mais de 3 anos que movimentos sociais, famílias camponesas, organizações da sociedade civil, organizações religiosas, académicos e pessoas de bem, articulados na Campanha Não ao Prosavana, resistem ao avanço da implementação do Prosavana no Corredor de Nacala[1]. Trata-se de um programa que resulta de uma parceria triangular entre os governos de Moçambique, Brasil e Japão, que visa o desenvolvimento do agronegócio no Corredor de Nacala cujos impactos são negativos para a agricultura camponesa, ambiente e violação de direitos humanos.

A articulação entre a sociedade civil moçambicana, brasileira e japonesa, entre outros, forçou o adiamento da componente II do ProSavana (Plano Director)[2], bem como a realização de auscultações públicas às comunidades abrangidas pelo ProSavana entre os meses de Abril e Junho de 2015[3]. No entanto, tais auscultações foram marcadas por atropelo à legislação nacional e internacional[4], incluindo a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que defende o direito à consulta livre, prévia e informada[5]. (mais…)

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Ser mulher favelada é resistir dia a dia!

Por Gizele Martins, no Correio da Cidadania

São os muros que nos cercam, são os tiros que atingem os nossos filhos, são as nossas casas que nos são tiradas dia a dia, somos arrastadas pela polícia. Ser mulher e favelada é lutar e resistir diariamente em uma vida que nos obrigaram a ter só por causa do espaço que nascemos, moramos e da cor que esta maioria tem.

Ser mulher e favelada é ser obrigada a lutar diariamente porque a escolha de ficarmos caladas nunca nos foi dada, já nascemos para gritar, nascemos literalmente gritando contra esta sociedade desigual! Descer o morro, andar pelas ruas da favela, resistir às UPPs, aos tanques guerra, à falta de saneamento e calçadas que não existem já é uma enorme resistência. (mais…)

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