Enfrentamento ao racismo e políticas sobre drogas será tema de debate na ONU

O governo brasileiro será representado pela secretária nacional de Políticas de Ações Afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luciana Ramos

SEPPIR

O enfrentamento ao racismo no âmbito das políticas sobre drogas será debatido na 59ª Reunião da Comissão de Narcóticos das Nações Unidas, na manhã da próxima quinta-feira (17/3), em Viena, Áustria. A iniciativa de levar o tema ao espaço da ONU foi da organização Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas  (INNPD), com o apoio do governo brasileiro e a parceria do Instituto Igarapé, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e da ONG argentina Intercâmbios. O Brasil será representado pela secretária nacional de Políticas de Ações Afirmativas da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luciana Ramos.

Vinculada ao Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, a Seppir é o órgão responsável pela pauta da igualdade racial. A Secretaria destaca que o Brasil é o único país que apontou oficialmente a presença do racismo nas políticas de combate ao tráfico de drogas em fóruns internacionais. Trata-se, segundo os organizadores, de uma oportunidade histórica para a discussão do tema em nível mundial.

O debate contará também com a participação da Diretora de Parcerias Estratégicas da Drug Policy Alliance e do Coordenador do INNPD, Dudu Ribeiro, e terá como mediador o chefe da missão do Brasil na Áustria, embaixador Evandro Didonet.

O encontro de Viena, que acontece no período de 14 a 22 de março, reúne representantes de 53 países e tem por objetivo pactuar uma posição para a próxima Sessão Especial sobre Drogas da Assembleia Geral da ONU, que acontecerá no mês de abril.

Nesta segunda-feira (14), na abertura da Reunião, o diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), Yuri Fedotov, lembrou que cerca de 200 mil pessoas morrem anualmente pelo consumo de narcóticos ilegais. Na ocasião, ele lamentou que os programas de prevenção, tratamento e reabilitação de consumidores sejam limitados em muitos países e destacou a importância de se adotar medidas baseadas no respeito aos direitos humanos.

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