Pela democracia, mais de 150 mil trabalhadores ocupam as ruas da Bahia

De acordo com a Frente Brasil Popular, no atual cenário político está acontecendo um processo em que as forças das classes estão sendo medidas

Do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

A Bahia parou em defesa da democracia. Este foi o sentimento que envolveu todos os trabalhadores e trabalhadoras que ocuparam as ruas na última sexta-feira (18) para dizer: “não ao golpe”.

Diferente do dia 13, onde a direita foi às ruas e se mobilizaram em alguns centros urbanos, as lutas dessa sexta mostraram força e articulação com o povo em diversas cidades do estado. 

Em Salvador, foram mais 100 mil pessoas mobilizadas e no interior do estado, cerca de 50 mil em cidades como Teixeira de Freitas, Eunápolis, Itamaraju, Porto Seguro, Barreiras, Itabuna, Guanambi, Juazeiro, dentre outras. 

Marchas, carreatas, intervenções, denúncias, fechamento de BRs e pontes, panfletagens, agitação e propaganda, foram algumas das atividades realizadas que cumpriram o papel de debater amplamente o atual cenário político brasileiro e apontar a necessidade de toda sociedade se mobilizar em defesa de seus direitos.

De acordo com a Frente Brasil Popular, composta dos diversos movimentos e organizações populares, no atual cenário político está acontecendo um processo em que as forças das classes estão sendo medidas, “aparadas por um estado burguês que quer, a qualquer custo, derrubar a democracia brasileira”. 

Explicam também, que a extrema direita está nas ruas e no poder, querendo inviabilizar o Governo, isolando a presidente. “As lutas são para garantir a democracia e este é o momento da classe trabalhadora ocupar as ruas”.

O povo não é bobo

Durante as mobilizações, os movimentos denunciaram a rede Globo de Televisão por violar os princípios éticos e ferir os direitos humanos, servindo como instrumento de validação de um golpe à democracia. 

“Como meio de comunicação deveria prestar o serviço de informação à população, entretanto trai a constituição e torna-se uma ferramenta de manipulação e reprodução da ideologia da extrema direita”, enfatizaram. 

Patrícia Chaves, do Levante Popular da Juventude, disse que a Globo estar construindo um novo golpe no Brasil, similar ao de 64, e o povo está nas ruas para defender a democracia e repudiar este monopólio de comunicação, que não atende os interesses da classe trabalhadora. 

Já Hugo Pacotinho, também do Levante, acredita que não teremos apenas um golpe na democracia e sim a todos os trabalhadores e trabalhadoras do país. “Essa mídia golpista está operando com a elites brasileiras para atacar os direitos conquistados pelos trabalhadores”, enfatizou.

Vem pra democracia

Analisando o método construído pela extrema direita para atacar a democracia e fortalecendo as articulações contra a política golpista em curso, Leonice Rocha, da direção estadual do MST, apontou as lutas de massas como ferramenta de acumulo de força e formação política.

“Este é o país em que lutamos diariamente pela democracia, mesmo após 500 anos da elite no poder. A classe trabalhadora não é besta e por isso estamos nas ruas para frear a tentativa de golpe”, concluiu.

As mobilizações aconteceram em todo Brasil e levaram para ruas milhões de pessoas, apontando a necessidade de fortalecer as lutas para dá continuidade ao projeto democrático de direito construído historicamente pela classe trabalhadora. 

“A burguesia ignora que somos nós que construímos o Brasil diariamente nas fábricas e campos, ou seja, quem realmente tem o poder de parar o país somos nós trabalhadores. Ou respeitem nossas decisões ou vão arcar com o peso da força da classe trabalhadora”, enfatizaram. 

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