MPF quer garantir ações contra homofobia em escolas de Volta Redonda

Foi recomendada à prefeitura a criação de um grupo de trabalho para implementar ações que garantam o respeito ao cidadão e à não discriminação por orientação sexual

MPF/RJ

O Ministério Público Federal (MPF) em Volta Redonda expediu recomendação à prefeitura do município para que seja instituído um grupo de trabalho, do qual deverão participar representantes da sociedade civil organizada, dos sindicatos de profissionais da educação e do movimento LGBT para elaborar diretrizes que orientem os sistemas de ensino municipais na implementação de ações que garantam o respeito ao cidadão e à não-discriminação por orientação sexual.

As ações devem contemplar as diretrizes do programa federal “Brasil sem Homofobia” e do plano de combate à homofobia como: avaliação dos livros didáticos, de modo a eliminar aspectos discriminatórios por orientação sexual e a superação da homofobia, e o estímulo à produção de materiais educativos (filmes, vídeos e publicações) sobre orientação sexual e superação da homofobia.

(mais…)

Ler Mais

Nota Pública: O povo não cabe no orçamento do governo provisório

Na CPT

A Articulação das Pastorais do Campo, composta pelo Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Conselho Pastoral dos Pescadores – CPP, Serviço Pastoral dos Migrantes – SPM, divide com os grupos e comunidades com as quais convivem suas angústias e apreensões, diante da violência institucional e do desmonte dos direitos conquistados em longo processo de lutas.

Após o Senado Federal ter afastado temporariamente, numa manobra claramente golpista, a presidenta Dilma Rousseff e empossado provisoriamente Michel Temer, estão sendo impostas, irresponsavelmente, medidas com caráter de mandato definitivo.  Medidas que afetam diretamente os mais fracos e vulneráveis de nosso país, sobretudo os povos e comunidades do campo, das florestas e das águas. (mais…)

Ler Mais

Léia Aquino: Adeus guerreira Kaiowá Guarani, por Egon Heck

Por Egon Heck

O sol amanheceu triste. Não sabia se ia dar o ar de sua graça, ou anunciar o nome da guerreira Léia, liderança e professora na Terra Indígena Nhanderu Marangatu, município de Antônio João, Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai, falecida nesse dia 3 de junho. Momento de luto e de luta. A terra pela qual ela tanto lutou nas últimas duas décadas, a chamou antes de poder vê-la novamente em poder de seus habitantes originários.

Léia incansável lutadora pelos direitos de seu povo e em especial das comunidades de Nhanderu Marangatu/Campestre, procurou fazer do espaço da escola uma trincheira na luta pela terra, e formação de guerreiros, participantes ativos das lutas pelos seus direitos. (mais…)

Ler Mais

Assembleia Estadual dos professores indígenas de Roraima inicia nesta terça-feira na comunidade indígena Canauanim, região Serra da Lua

Por CIR

Ano passado, a Assembleia foi realizada no Centro Regional do Lago Caracaranã, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol e dessa vez, ocorre na Terra Indígena Canauanim, região da Serra da Lua.

Com o tema “As perspectivas do movimento indígena frente às políticas públicas: reavaliando, fortalecendo e propondo novas alternativas para a educação escolar indígena no Estado de Roraima, a Organização dos Professores Indígenas de Roraima (OPIRR) realiza nesses dias, 7 a 9, a 23ª Assembleia Estadual dos Professores Indígenas. A Assembleia acontece na comunidade indígena Canauanim, região da Serra da Lua, município de Cantá. (mais…)

Ler Mais

MS – Terenas ocupam prédio da Funai, criticam CPI do Cimi e vão a protesto em Brasília

Lideranças querem reunião com Ministérios da Justiça e Saúde

Aline Machado e Norberto Liberator, no Midiamax

Cerca de 60 indígenas da etnia terena ocupam, desde às 8 horas desta terça-feira (7), o prédio da da Funai (Fundação Nacional do Índio), na Rua Maracaju, na região central de Campo Grande. O grupo critica a exoneração do ex-presidente do órgão, João Pedro Gonçalves, e promete seguir para Brasília com o objetivo de conversar com representantes dos Ministérios da Saúde e das Cidades.

Segundo Maurílio Pacheco, da aldeia Água Branca, localizada no distrito de Taunay, em Aquidauana, distante 143 quilômetros de Campo Grande, o grupo é contra a indicação do Pastor Everaldo, que pediu para ocupar o cargo depois da exoneração do ex-presidente do órgão na última sexta-feira (3). “Não queremos que ele nos represente. Não somos a favor desse pastor porque ele é anti-indígena”, justifica. (mais…)

Ler Mais

Reflexões abertas sobre as lutas sociais no Brasil

Tenho lido muitas análises interessantes sobre as crises que assolam o país. Parlamentares, intelectuais, ativistas sociais, religiosos(as) e outros têm empreendido grande esforço para compreender o que realmente está acontecendo no Brasil, para além das aparências. E bem verdade que há também uma quantidade enorme de análises superficiais e mesmo idiotas, apresentando pretensas respostas – rasteiras, diga-se – sobre os processos sociais (no sentido amplo do termo) em andamento. Minha modesta contribuição visa tão somente abordar alguns pontos desse debate. Vamos a eles

Guilherme Carvalho – Macaréu Amazônico

1. O discurso do desencanto.

Algumas pessoas se mostram desencantadas com os “movimentos sociais”, principalmente com os sindicatos. Não obstante também incluem na cesta “os novos movimentos” que, segundo essa perspectiva, não têm rumo e nem programa. Tal narrativa questiona ainda a falta de lideranças. Ao meu ver esse ponto de vista não consegue perceber que estamos passando por um amplo processo de formação de novas lideranças, processo este que somente será mais bem percebido daqui a alguns anos com a maior experiência de quem está hoje na ocupação de prédios, terras e ruas. As crises que vivenciamos aceleraram essa formação. Uma nova geração de ativistas está sendo constituída. Todavia, e isto me parece muito importante, com base em referenciais qualitativamente diferentes de gerações anteriores. Questões como democracia, o fim do patriarcado, a incorporação da problemática racial, as lutas contra o preconceito etc., são elementos estruturantes do ideário em construção e/ou em afirmação. Há grande chance de termos adiante lideranças (homens e mulheres) mais sensíveis ao acolhimento das múltiplas identidades presentes na sociedade brasileira nas agendas das lutas coletivas (mulheres, indígenas, negros e negras, quilombolas, jovens de periferia, transgêneros, homossexuais, e muitos outras), melhor capacitadas para compreender a complexidade das lutas sociais e da necessidade de alianças estratégicas para a construção de um forte campo contra-hegemônico desde o plano local até o internacional, capaz de se contrapor ao bloco de poder que também incide nas diferentes escalas. A luta de classes não perdeu o vigor, mas sera “multicolorida”. (mais…)

Ler Mais

A história por trás do golpe

Nos dias atuais, Caio Prado Júnior por certo se levantaria contra as manobras e articulações que buscam levar adiante um processo arbitrário das elites brasileiras para assumir o poder e aplicar uma agenda ainda mais retrógrada, entreguista e privatizante, que será altamente prejudicial às massas

Por Luiz Bernardo Pericás – Blog da Boitempo

No começo da década de 1920, o escritor Leonid Leonov publicou O fim de um homem mesquinho [Konets melkogo cheloveka], narrativa com tintas dostoievskianas que contava a história do professor Fedor Andreich Likharev, um paleontólogo que passara a maior parte de sua existência ausente da vida política russa. Quando estourou a revolução, ele se encontrava ocupado com seus estudos sobre a Era Mesozoica e fazia o possível para não ser perturbado pelos eventos transcendentes de sua época: estava mais envolvido com o passado remoto, com cavernas e répteis saurisquianos, do que com o seu próprio tempo. De certa forma, ele mesmo era um dinossauro, que poderia ser extinto a qualquer momento: para todos os efeitos, um homem supérfluo. Até que não conseguiu mais ignorar o que estava a seu redor e acabou por se integrar ao movimento… (mais…)

Ler Mais