Avá-Canoeiro do Araguaia: demarcação já!

No Cimi

A demarcação da Terra Indígena (TI) Taego Ãwa, demanda histórica dos indígenas do povo Avá-Canoeiro do Araguaia, no Tocantins, encontra-se sob risco. Em maio de 2016, o senador Ronaldo Caiado (DEM/GO) entregou ao ministro da Justiça do governo interino, Alexandre de Moraes, um ofício no qual questiona o “mérito duvidoso” da portaria declaratória referente à TI Taego Ãwa e solicita sua “reanálise”.

O documento ignora a história dos Avá-Canoeiro do Araguaia (Ãwa, em sua autodenominação), marcada por eventos bárbaros de massacre e perseguição e por uma trajetória impressionante de resistência. Eles já foram caçados como animais selvagens, forçados a se esconder na mata por anos e, quase dizimados, foram capturados em uma ação de “contato” forçado em 1973, durante a Ditadura Militar, e levados para longe de sua terra.

Mesmo assim, resistiram. E só agora, mais de 40 anos depois, caminham para que o direito a viver conforme seu próprio modo de vida, no território tradicional de onde foram retirados em 1973, seja efetivado. Em 11 de maio de 2016, o então ministro da Justiça, Eugênio Aragão, publicou a Portaria que declara a TI Taego Ãwa como de ocupação tradicional dos Avá-Canoeiro, uma conquista histórica para um povo que foi quase aniquilado.

O próximo passo importante na demarcação do território tradicional dos Ãwa é a homologação da TI Taego Ãwa. Para ela se concretize, contudo, é preciso evitar qualquer retrocesso.

Saiba mais sobre essa história e ajude a garantir este direito AQUI.

Na foto, a Ãwa Kaukamã, uma das indígenas capturadas em 1973, e a nova geração de Avá-Canoeiro do Araguaia

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