Corpo da defensora de direitos humanos Nilce de Souza Magalhães encontrado perto de barragem de Usina Hidrelétrica em Jirau

Front Line Defenders

Em 21 de junho de 2016, o corpo da defensora de direitos humanos, a Sra. Nilce de Souza Magalhães, foi encontrado na barragem da Usina Hidrelétrica (UHE) em Jirau, Porto Velho. Anteriormente, em 15 de janeiro de 2016, Edione Pessoa da Silva havia sido detido e confessado o assassinato, mas ele escapou da prisão pouco depois. A defensora de direitos humanos havia desaparecido em 7 de janeiro de 2016.

Nilce “Nicinha” de Souza Magalhães era uma das líderes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), um movimento social fundado na década de 1970 que procura defender os direitos das pessoas atingidas pela construção de barragens. Nilce de Souza Magalhães era bastante atuante na denúncia de violações de direitos humanos perpetradas pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) na construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, Porto Velho. (mais…)

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Famílias removidas da Vila Autódromo querem indenização da prefeitura do Rio

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

Das cerca de 400 famílias que saíram da Vila Autódromo e trocaram suas casas por um apartamento no condomínio Parque Carioca, na Estrada dos Bandeirantes, zona oeste da cidade, pelo menos 120 pretendem entrar com processo contra a prefeitura para receber uma indenização pelos imóveis derrubados. Os moradores da Vila Autódromo foram removidos para a construção do Parque Olímpico.

Um deles é o eletrotécnico Orlando Santos que não considera justa a negociação feita com a prefeitura. Segundo ele, não houve negociação no processo, e sim uma imposição sem alternativa para boa parte das famílias que aceitaram o programa do Minha Casa, Minha Vida. Apesar de as parcelas estarem sendo pagas pela prefeitura, a dívida de R$ 77 mil está no nome dos moradores e há um compromisso de permanecer no imóvel até 2024. (mais…)

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Ex-moradores da Vila Autódromo dizem que promessas não foram cumpridas

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

Das 500 famílias que viviam na Vila Autódromo – comunidade que ficava ao lado do antigo Autódromo de Jacarepaguá e foi removida para a construção do Parque Olímpico -, cerca de 400 fizeram acordo com a prefeitura para trocar suas casas por um apartamento no condomínio Parque Carioca, na Estrada dos Bandeirantes, zona oeste da cidade. Muitos ex-moradores, entretanto, dizem que as promessas do município não foram cumpridas.

Segundo o eletrotécnico Orlando Santos, o prefeito Eduardo Paes participou de uma reunião com a comunidade em outubro de 2013 e disse, à época, que os apartamentos no Parque Carioca seriam das famílias – “pra gente fazer o que quiser, vender, alugar”. De acordo com Santos, o prefeito não explicou que se tratava de um empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. “Se tivesse falado que era Minha Casa, Minha Vida ninguém teria saído de suas residências, ou ficaria até o final para negociar um valor justo”, diz Santos. (mais…)

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Vida removida: a luta pela permanência na Vila Autódromo

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

A transformação do Rio de Janeiro em cidade olímpica levou a prefeitura a ir além das obras de instalações esportivas e da ampliação das vias de acesso necessárias à mobilidade de atletas e do público. Para a construção do Parque Olímpico, o poder municipal removeu os moradores da Vila Autódromo, comunidade que reunia cerca de 500 famílias e tinha mais de 40 anos.

Do total de famílias que vivia ao lado do antigo Autódromo de Jacarepaguá, apenas 30 permanecerão no local depois da urbanização prometida pela prefeitura para ser concluída até 22 de julho. Apesar do número pequeno de moradores contemplados, a comunidade e a Defensoria Pública acreditam em “vitória da resistência”. (mais…)

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Colômbia e o difícil caminho para a paz

Elaine Tavares – Palavras Insurgentes

A notícia sobre a saída do Reino Unido da União Europeia foi destaque nos noticiários e ofuscou outra notícia importante acontecida na mesma semana: o acordo de paz entre o governo colombiano e as FARC-EP, fato que para as gentes de Colômbia certamente tem muito mais significado do que a longínqua decisão europeia.  Mergulhado em um conflito que, na prática, dura 68 anos, o povo colombiano espera pela paz acreditando que, com isso, possa retomar a vida que de certa forma se rompeu no triste “bogotazo”, quando – após o assassinato do candidato à presidência Jorge Gaitán – as gentes se levantaram em rebelião. E o que era para ser um protesto que visava a punição dos culpados e a retomada da legalidade acabou se transformando numa espiral de lutas, violências, crimes e terrorismo de estado. (mais…)

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De hotel de luxo a moradia cooperativa: a ocupação do Lord Palace Hotel em São Paulo

Anna Cash – RioOnWatch

No Centro de São Paulo, no mês de março, a Frente de Luta por Moradia (FLM) comemorou um grande sucesso: os direitos legais de propriedade do enorme edifício onde era anteriormente o Lord Palace Hotel seriam transferidos para os atuais ocupantes, que já moravam lá há quase três anos e meio.

O Lord Palace Hotel, em Santa Cecília, no Centro de São Paulo, ficou abandonado por oito anos, com uma placa na frente informando que qualquer pessoa que o ocupasse não receberia auxílio da Prefeitura. Antes um hotel de alto nível que depois foi transformando em restaurante self-service, o empreendimento faliu e a Prefeitura reintegrou a posse do imóvel em virtude dos impostos devidos pelo proprietário anterior. A Prefeitura construiu um muro em torno do edifício, instalou a placa de alerta para evitar ocupações, contratou um segurança e então, deixou o edifício sem uso por quase dez anos. (mais…)

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Matopiba: mata o Cerrado e seus povos

Patrícia Bonilha, da assessoria de Comunicação do Cimi

Realizada entre os dias 20 e 23 de junho, em Palmas (TO), a III Assembleia dos Povos Indígenas de Goiás e Tocantins reuniu mais de seiscentos indígenas e teve como tema “Na defesa dos Direitos Constitucionais dos Povos Indígenas, resistimos e denunciamos os impactos do Matopiba nos territórios tradicionais”. Marcado pela forte presença de jovens lideranças, o evento proporcionou espaço e tempo para que os nove povos presentes dos dois estados – Apinajé, Krahô, Xerente, Karajá de Xambioá, Krahô-Kanela, Kanela do Tocantins, Avá-Canoeiro e Javaé, de Tocantins; e Tapuia, de Goiás – debatessem seus principais desafios locais e as questões mais emblemáticas da difícil conjuntura nacional. (mais…)

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