Assentados/as cobram Reforma Agrária e assistência técnica do Incra em Recife

Por Comissão Pastoral da Terra – Regional Nordeste II

Representantes de vinte assentamentos da Zona da Mata Norte do estado de Pernambuco e da Região Metropolitana do Recife reuniram-se na manhã desta terça-feira, dia 26/07, com o novo Superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, em Recife (Incra SR-03). Os/as assentados/as cobraram do órgão o retorno imediato de programas que atendem os trabalhadores/as rurais do estado, como a assistência técnica, que encontra-se paralisada em vários assentamentos do estado. Os agricultores também requereram informações sobre a medida do TCU que, em abril desse ano, determinou a paralisação imediata do programa de Reforma Agrária do Incra em todo o país. A decisão prejudicou centenas de famílias no estado.

De acordo com o Superintendente, Heliodoro Daltino, estão programadas novas contratações de empresas terceirizadas de assistência técnica para os assentamentos a partir de agosto. No que diz respeito ao bloqueio do TCU, o Superintendente considerou ser essa uma decisão mais política do que técnica e que a autarquia, em Brasília, já está buscando solucionar o problema. Os representantes dos assentamentos destacam que, atualmente, o Incra limita os recursos que podem ser adquiridos pelos/as assentados/as anualmente. Por isso, consideram que a revisão e o debate em torno de algumas normativas são necessários para que o Estado possa, dentre outros aspectos, garantir a possibilidade de melhoria na qualidade de vida e o crescimento produtivo e econômico dos assentamentos.

A reunião, porém, foi interrompida pelo Superintendente, que se retirou do local onde se reunia com os/as assentados/as, motivado por um desentendimento com alguns trabalhadores rurais que participavam do encontro. A medida foi vista pelos assentados como um sinal de despreparo e até  conveniente para não dar respostas aos questionamentos que estavam sendo feitos. Mesmo assim, o encontro foi avaliado como positivo pelos/as assentados/as por ter proporcionado a unificação dos assentamentos da região em torno de pautas comuns. A perspectiva é que a unidade desses assentamentos que enfrentam as mesmas dificuldades possa ser fortalecida com novas ações conjuntas.

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