Indígenas de diferentes etnias colam grau na UF Ceará

No Diário do Nordeste

A Universidade Federal do Ceará (UFC) realizou, na noite de ontem, a colação de grau de alunos de 25 cursos de graduação. Entre eles, estavam os 74 graduandos da Licenciatura Intercultural Indígena LII Pitakajá. O curso foi voltado para alunos pertencentes às etnias Pitaguary, Tapeba, Kanindé de Aratuba, Jenipapo-Kanindé e Anacé.

A cerimônia aconteceu na Reitoria da UFC e, ao final, contou com a apresentação do Torém, dança tradicional indígena. Essa foi a primeira turma formada do curso, que buscava aliar os saberes tribais típicos ao conhecimento acadêmico. Com aulas nas próprias tribos, assim como nos campi da UFC, os ensinamentos eram ministrados tanto por caciques e pajés das próprias etnias, assim como por professores da universidade.

“O curso Pitakajá faz com que esses índios possam qualificar mais ainda os saberes docentes que eles possuem, então é de extrema importância para eles. Já conseguimos, inclusive, iniciar os processos para a segunda turma, que deve começar em setembro”, conta o coordenador do curso, Kléber Saraiva.

Orgulho

A emoção da conclusão de uma etapa importante da vida acadêmica tornou-se ainda maior para os que conquistaram mais uma forma de afirmar a própria cultura, como Estênio Tapeba, de 27 anos, um dos licenciados pelo Curso Intercultural. “Eu me sinto muito orgulhoso, porque é um momento histórico, ter chegado até aqui. Foram seis anos de curso, e é uma alegria muito grande chegar até aqui”.

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