Povos indígenas, quilombolas, pescadores e extrativistas lotam audiência na Câmara

Por Conselho Indigenista Missionário Cimi

Cerca de 200 indígenas, quilombolas, extrativistas e pescadores e pescadoras artesanais ocupam o auditório Nereu Ramos, na manhã desta terça (9), em audiência realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia Internacional dos Povos Indígenas.

Os diversos povos e comunidades tradicionais presentes já realizaram cantos e rituais e, na abertura da mesa de discussão, fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas da violência que cotidianamente atinge estas populações.

Frente às ameaças contra suas vidas e seus direitos, grande parte delas vindas de dentro do Congresso Nacional, os povos presentes na audiência espalharam faixas pelo salão com suas reivindicações, exigindo o fim da CPI contra a Funai e o Incra, da violência e da criminalização de lideranças.

A luta contra a nefasta PEC 215 e a tese restritiva do marco temporal também se destacam entre os gritos e faixas de indígenas e quilombolas, que exigem a demarcação e titulação de seus territórios tradicionais.

“Nós, povos e comunidades tradicionais, construímos riqueza nesse país, mas não desfrutamos de nada disso. Não vamos aceitar os projetos de morte como a PEC 215 e o marco temporal. Exigimos o respeito aos nossos direitos”, afirmou Maria de Fátima Barros, da Articulação Nacional de Quilombos (ANQ).

Vindos de Maranhão, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará e Tocantins, participam da audiência indígenas dos povos Gavião, Krikati, Gamela, Guajajara, Kaingang, Guarani Mbya, Pataxó Hã Hã Hãe e Tupinambá, quilombolas, pescadores e pescadoras artesanais e populações extrativistas.

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Foto: Cimi.

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