Repensando amerindianidades: Temas emergentes para diálogos interculturais – 23-24/11, na UnB

O Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Movimentos Indígenas, Políticas Indigenistas e Indigenismo (LAEPI) da Universidade de Brasília foi criado com o objetivo de promover a produção científica e intercultural a partir da América Latina sobre problemas e questões pertinentes à compreensão das dinâmicas interétnicas na região. Com a proposta do primeiro colóquio realizado em 2014 pretendeu-se inaugurar uma série de eventos abertos ao público, de alto nível, e dedicados a produzir conhecimentos que promovam o entendimento crítico, ações e políticas embasadas para os problemas e desafios enfrentados pelos povos indígenas, camponeses e demais coletivos tradicionais latino e afro-latino-americanos para a efetivação de seus direitos e maior participação política nas sociedades nacionais, regionais e locais.

Os colóquios do LAEPI visam reunir especialistas, pesquisadores e profissionais dedicados a estas questões e que estejam realizando pesquisas empíricas sobre os problemas a serem discutidos. O objetivo é promover a qualificação de professores, pesquisadores, profissionais e estudantes nas problemáticas indígenas e afro-latino-americanas em perspectiva regional e comparada.

Para o segundo colóquio propomos explorar a variedade temática desenvolvida pelos pesquisadores e pesquisadoras do LAEPI e convidados e que sinaliza para novos horizontes de pesquisa em colaboração com povos, profissionais e acadêmicos indígenas nas Américas. Essa diversidade quebra tabus temáticos, rompe silêncios e amplia perspectivas epistêmicas e metodológicas para questões que necessitam de maior visibilidade, reconhecimento e reflexão nesse início de século.

Apresentaremos pesquisas realizadas ou em andamento sobre reelaborações da indianidade em múltiplos cenários e contextos que vão desde o colonialismo neoliberal contemporâneo atualizado por projetos de desenvolvimento sustentável e turismo, passando por pesquisas em regiões de fronteiras internacionais que sobrepõem nacionalidades e indianidades configurando expressões singulares de etnicidade e atuação política, passando também por abordagens ao etnocentrismo existente nas instituições políticas e judiciárias que lidam com os direitos originários dos povos indígenas, até novas interrogações acerca da presença indígena na internet e nas redes sociais, o trânsito migratório entre as aldeias e as cidades, as expressões e manifestações artísticas contemporâneas, as homossexualidades indígenas, dentre outros temas emergentes. Com esse colóquio, o LAEPI expressa a vitalidade, criatividade e originalidade de seus temas, abordagens e reflexões que permitem repensar amerindianidades e aprofundar a interculturalidade do diálogo acadêmico com os povos indígenas.

Público-Alvo e objetivos:

O II Colóquio do LAEPI reunirá pesquisadores e estudantes, especialistas e profissionais interessados nos eixos temáticos propostos para propiciar o aprofundamento e maior qualificação dos estudos ameríndios no continente americano.

Espera-se também que este segundo colóquio seja uma oportunidade para reencontros e reaproximações com vistas a estimular a continuidade de pesquisas iniciadas e que propiciaram conteúdos inovadores e de alta qualidade, além de permitir retomar o contato com profissionais e pesquisadores que seguiram desenvolvendo trabalhos em diferentes instituições governamentais e não-governamentais ou em nível de mestrado, doutorado e pós-doutorado.

22 (terça), 23 (quarta) e 24 (quinta) de novembro de 2016
Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas (CEPPAC)

Multiuso II, térreo e mezanino
Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte
70910-900 Brasília, D.F., Brasil

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Alenice Baeta.

Comments (1)

  1. Muitíssimo interessante essa proposta de trabalho no LAEPI. Se houvesse oportunidade seria um espaço adequado para apresentação da minha experiência como estudioso autônomo na organização da publicação que contém 10.700 verbetes com cerca de 15.000 nomes de pessoas ameríndias – últimos 500 anos – e 470 Notas de rodapé. Tal trabalho é resultado de mais de 10 anos de leitura e pesquisas, viagens de estudo. Pretendo publica-la com o título Enciclopédia Ameríndia do Canadá à Argentina na próximo semestre. Lamentavelmente também a data está colóquio está muito próxima.
    Desejo muito proveito e avanço nesse colóquio.

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