‘Brasil é dos países racialmente mais desiguais do mundo’, afirma jurista

Para Adilson José Moreira, país vive “tremendo retrocesso”, além de praticar o que chama de “racismo recreativo”: camuflar o ódio e o preconceito tratando o tema com humor

por Redação RBA

Para o jurista e doutor pela Universidade de Harvard Adilson José Moreira, as decisões de Michel Temer e João Doria de rebaixar o status das secretarias de Igualdade Racial são “um tremendo retrocesso”. “O país constituiu-se, a partir da escravidão, em um dos países racialmente mais desiguais do mundo. Mais uma vez nós temos grupo racial dominante dizendo para nós que o nosso sofrimento, que a exclusão de metade da população brasileira não é algo relevante.” (mais…)

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Boitempo lança o portal Enciclopédia Latinoamericana

Destinado a estudantes, professores, pesquisadores e ao público em geral, portal disponibiliza mais de mil verbetes em plataforma de acesso gratuito

A Latinoamericana é uma enciclopédia diferente das outras, e dizer isso não significa minimizar a contribuição que outros dicionários de cultura possam ter, mas destaca uma qualidade que foi definitiva para que esta publicação ganhasse o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Não-Ficção de 2007: trata-se de um projeto ambicioso, que busca dar conta de uma ampla gama de temas e de todos – absolutamente todos – os países e territórios da América Latina e do Caribe, para oferecer uma visão crítica abrangente e múltipla do último cinquentenário de sua história. Escrita por mais de cem autores (entre eles, alguns dos mais respeitados intelectuais contemporâneos), a obra acaba de ganhar uma plataforma na internet, disponibilizada para o público que terá acesso gratuito a mais de mil verbetes, publicados na íntegra. (mais…)

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Nota Pública: Contraf Brasil repudia e denuncia atentados a assentados e acampados da Reforma Agrária no Pará

“A CONTRAF [Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar] BRASIL divulga Nota Pública repudiando e denunciando o atentado contra a vida de assentados e acampados da reforma agrária no Pará, no município de Canaã, no último dia 17, quando mais de 40 homens dispararam tiros contra assentados e acampados da reforma agrária. A ação truculenta deixou quatro feridos, entre eles um adolescente de 16 anos. (mais…)

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Eu acuso! Carta de Pretinha Truká aos detratores da Educação Escolar Indígena Diferenciada

No Cimi

“Eu, Edilene Bezerra Pajeú, Pretinha Truká, venho a público manifestar meus  agradecimentos e compartilhar com minha família, amigos e aliados minha indignação pelas agressões, ofensas e assédio moral pelos quais fui bombardeada covardemente nesses últimos dias. Todavia, não tomo isso como ataque pessoal, pois estou convicta que o intuito dos meus detratores foi atingir o movimento indígena em Pernambuco, no Nordeste e no Brasil. (mais…)

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CIR: Nota de repúdio às declarações do deputado Jair Bolsonaro feita durante sua visita ao estado de Roraima

“O Conselho Indígena de Roraima – CIR, organização indígena criada há mais de 40 anos para defender os direitos e interesses dos povos indígenas de Roraima veementemente repudia as declarações do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) no que diz respeito ao processo de demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, bem como repudia as manifestações absurdas sobre a vivência dos povos indígenas locais, conforme vídeo publicado em sua rede social Facebook, na última quinta-feira, 17, durante a sua visita ao estado de Roraima. (mais…)

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Convulsão social e futuro cinzento

“Na crise de hegemonia, caracterizada por Gramsci como aquele interregno em que o “velho está a morrer e novo ainda não pode nascer”, a evolução mais provável não é a revolução. Pelo contrário, é a reação e o incremento do Estado de exceção. Do ponto de vista das saídas políticas, a saída mais provável é à direita. Esta é uma tendência no mundo ocidental: a não funcionalidade das democracias e a falência dos partidos de centro e centro-esquerda joga as massas desempregadas e os trabalhadores para a direita”, escreve Aldo Fornazieri, professor da Escola de Sociologia e Política, em artigo publicado por Jornal GGN. Segundo ele, “setores de esquerda, principalmente intelectuais, enganam e iludem acerca da avaliação do nosso tempo. Uns sugerem que o amanhã não vai ser um inverno. Outros dizem que há uma revolução invisível. Aqui no Brasil incensa-se a energia da juventude, das mulheres e dos novos movimentos sociais. O fato é que as esquerdas e as forças progressistas estão desorganizadas, desorientadas e sem estruturas de poder. Nada indica que dessas situações críticas emerjam pontos de ebulição revolucionária. Pelo contrário, os imensos poderes estocados, se necessário, reagirão pela discricionalidade da lei e pela força para reordenar a ordem do capital”

IHU On-Line

Não existe um conceito preciso de “convulsão social”. Uma de suas aproximações parece indicar que ele abriga a existência de uma situação na qual o governo não governa e os vários setores sociais se põem em movimento sem uma direção clara e definida, cada um lutando pelos seus interesses particulares. Em face da ausência de uma direção geral, alguns movimentos testam os limites da legalidade, tanto à direita quanto à esquerda. Outros ingredientes das convulsões sociais importam a existência de crise econômica, de desemprego elevado, de desesperança, de medo quanto ao futuro, de redução de consumo, de violência social generalizada, de crise do Estado, de incapacidade dos partidos tradicionais e dos governos de apresentarem saídas para as crises conjuminadas, desmoralização das instituições e de crescente desobediência civil. (mais…)

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Meios de Comunicação alternativos e populares realizam audiência histórica

Elaine Tavares – Palavras Insurgentes

Pela primeira vez os meios de comunicação livres, alternativos, independentes, comunitários e populares se juntam para reivindicar do município o compartilhamento das verbas que a administração de Florianópolis gasta com publicidade e propaganda, 100% delas dirigidas aos grandes meios de massa, como os grupos RBS e RIC Record.

Entendendo a comunicação como um direito humano, esses meios independentes entendem que o Estado, seja ele em nível federal, estadual ou municipal, não pode se limitar a financiar grupos que representam apenas um extrato da sociedade, que é o da classe dominante. Como nesses meios as vozes da maioria não se expressam, é necessários que o estado compartilhe as verbas de comunicação também com os veículos populares e comunitários. (mais…)

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