O intelectual tinha 91 anos e era considerado um dos principais pensadores do século XX
Por El País Brasil
Zygmunt Bauman, sociólogo e filósofo polonês, morreu nesta segunda-feira, aos 91 anos, em Leeds, na Inglaterra, onde vivia há anos, segundo informou o jornal de seu país de origem, Gazeta Wyborzca. Era considerado um dos intelectuais mais importantes do século XX, tendo se mantido ativo e trabalhando até os últimos momentos de sua vida.
O sociólogo nasceu na Polônia (Poznan, 1925) e era criança quando sua família, judia, fugiu do país e do nazismo para a União Soviética. Embora tenha retornado à Polônia anos depois, onde foi professor da universidade de Varsóvia, foi destituído do posto e expulso do Partido Comunista após ter suas obras censuradas. Em 1968, finalmente deixou o país, motivado pelas perseguições antissemitas que sofrera em decorrência da guerra árabe-israelense. Renunciou à sua nacionalidade, emigrou a Tel Aviv e se instalou, depois, na Universidade de Leeds (Inglaterra), onde desenvolveu a maior parte de sua carreira.
Bauman era criador do conceito de “modernidade líquida”, – uma etapa na qual tudo que era sólido se liquidificou, e em que “nossos acordos são temporários, passageiros, válidos apenas até novo aviso”.
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Imagem: Zygmunt Bauman, no início de 2016, em Burgos, na Espanha. SAMUEL SÁNCHEZ
Uma pena; esses caras geniais deveriam viver pelo menos 200 anos.