Arquivo queimado. E agora?

Morte de Teori Zavascki interessa aos que querem prolongar o golpe e temem as delações da Odebrecht. Faltam a Temer condições éticas para nomear sucessor. É hora de voltar às ruas

Por Antonio Martins – Outras Palavras

Não é preciso transformar o ministro Teori Zavascki, morto num acidente suspeitíssimo, em herói. Encarregado do processo da Lava Jato no STF, ele foi, como quase todos os seus colegas, incapaz de defender a Constituição e a imparcialidade da justiça. Mas é facílimo identificar os que se beneficiam com seu desaparecimento. Em primeiro lugar o presidente Temer; seu “governo de réus” (para usar a feliz expressão de Paulo Sérgio Pinheiro); as cúpulas do PSDB e PMDB; e centenas de deputados e senadores destes e outros partidos governistas. Todo este grupo estaria ameaçado e desmoralizado já a partir de fevereiro, quando Teori homologaria as delações premiadas dos executivos da Odebrecht, expondo a corrupção e hipocrisia dos que derrubaram o governo eleito e tomaram o poder em maio. (mais…)

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Caso Teori: 10 episódios para duvidar da tragédia perfeita

Avião rastreado, hangar movimentado, relato de testemunhas in loco, resgate controverso e outras ameaças na Lava Jato. Fatos inundam internet, grande mídia abandona hipótese, como abandonou narrativa do golpe em 1964

Por Cauê S. Ameni*, Hugo Albuquerque e André Takahashi – Outras Palavras

Teoria da conspiração ou desconfiança justificada? Após a queda do avião que, dentre outras vítimas fatais, resultou na morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras e mais três pessoas imediatamente se instaurou um debate narrativo sobre o que aconteceu. Teori era relator do processo da Lava Jato na Suprema Corte e estava às vésperas de retirar o sigilo de cerca de 900 depoimentos e homologar as 77 delações da Odebrecht. O mais relevante acordo de colaboração da história da Justiça do país, envolvendo nomes de figurões dos mais variados partidos. Há quem prefira ver nisso uma trágica coincidência, mas será que aqueles que desconfiam de tal versão não tem motivos para tanto? (mais…)

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Pergunta para São Paulo, 463: A cidade trata como gente quem nada tem?, por Leonardo Sakamoto

Blog do Sakamoto

O prefeito João Doria retirou o veto que proibia a remoção de cobertores, mantas, travesseiros, colchões, papelões de pessoas em situação de rua em São Paulo. A proibição havia sido adotada por Fernando Haddad após duras críticas sofridas por conta da remoção de ”itens portáteis de sobrevivência” pela Guarda Civil Metropolitana durante o frio de junho do ano passado. Continua proibido tomar outros bens pessoais, como documentos e muletas, e instrumentos de trabalho, como carroças. (mais…)

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