Por Raquel Rolnik, em seu blog
Em um vídeo destinado a atrair investidores internacionais para seu programa de privatizações de serviços e espaços públicos de São Paulo, a gestão Doria deixou bem claro com que cidade e com quais moradores se relaciona. A imagem transmitida é a da São Paulo corporativa, meca do consumo e dos negócios, o lugar de moradia e circulação do 1%: rico e poderoso. Não por acaso, no vídeo não aparecem negros e negras, não aparecem jovens, não aparecem ciclistas, grafites e pixações. Nessa cidade, à venda no mercado financeiro global, realmente não há espaço para manifestações culturais transgressoras e heterogêneas como o grafite. Essa é a Cidade Linda de Doria. Seguramente não é a nossa. Confira aqui o vídeo:
Falei um pouco mais sobre o assunto na minha coluna na Rádio USP dessa semana. Confira a íntegra no site.