Famílias remanescentes de quilombo ocupam área em São Roque

Grupo afirma que intenção é pressionar o Incra sobre terreno. Órgão ainda não se manifestou sobre o assunto

Por G1 Sorocaba e Jundiaí

Cerca de 25 famílias remanescentes do Quilombo do Carmo de São Roque (SP) ocupam na manhã desta segunda-feira (20) uma área do bairro do Carmo.

Segundo informações dos líderes do movimento, o grupo está em um processo há mais de 10 anos contra o Incra para se apropriar da terra.

No entanto, como não houve resposta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, as famílias decidiram pela ocupação a área, localizada às margens do quilômetro 48 da rodovia Bunjiro Nakao, como forma de pressionar o Incra.

Em nota, o Incra informa que o relatório técnico de identificação e delimitação do Quilombo do Carmo foi iniciado em 2016 pelas equipes do Incra e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Com base nos estudos já elaborados, pode-se afirmar que a área recentemente ocupada faz parte do território histórico do grupo – que passou por expropriações no passado: a antiga fazenda do Carmo ou Sorocamirim.

Ocorre, porém, que apenas a conclusão dos estudos permitirá identificar o território quilombola a ser reconhecido, considerando-se o necessário à reprodução social do grupo e as transformações territoriais que ocorreram na região, ressaltou o Incra, que afirmou também que a instauração do processo administrativo no Incra para a regularização do Quilombo do Carmo ocorreu em 2006.

Famílias ocuparam área às margens de rodovia em São Roque (Foto: Arquivo Pessoal)

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