MPF/RJ: Fazenda Santa Eufrásia terá aula pública com historiadores e lideranças negras

Roda de conversa “Passado Presente: Escravidão e Liberdade no Vale do Paraíba” faz parte do cumprimento de TAC assinado com o MPF

Procuradoria da República no Rio de Janeiro

No próximo sábado, 1º de julho, acontecerá na Fazenda Santa Eufrásia, em Vassouras, das 14h às 18h, a roda de conversa “Passado Presente: Escravidão e Liberdade no Vale do Paraíba”. O evento é uma das atividades do cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado entre a fazenda e o Ministério Público Federal (MPF), em Volta Redonda (RJ).

Na ocasião, o público de Vassouras e região terá a oportunidade de participar de uma aula pública com historiadoras e com lideranças negras. A atividade está prevista no TAC como capacitação, assim como a abertura da fazenda para a realização de eventos organizados por comunidades negras do Vale do Paraíba. Ambas as ações são formas de reconhecimento, de reparação e de valorização do importante papel que as comunidades negras tiveram na construção da riqueza da região, em termos de trabalho, de cultura e de vida.

O evento é aberto ao público, gratuito e voltado especialmente a professores e estudantes. Das 14h às 16h, as historiadoras Martha Abreu e Mariana Muaze conversarão sobre escravidão e liberdade no Vale do Paraíba, com Maria de Fátima da Silveira Santos, liderança do Jongo de Pinheiral, e com Antônio do Nascimento Fernandes, liderança do Quilombo São José da Serra. Em seguida, das 16h às 18h, a comunidade do Jongo de Pinheiral fará uma roda de Jongo no terreiro da fazenda.

Termo de Ajustamento de Conduta – No dia 6 de maio deste ano foi realizada, em ato simbólico, na Fazenda Santa Eufrásia, a assinatura do TAC que estabeleceu uma outra forma de turismo de memória na região de Vassouras, contemplando a contribuição do povo negro e de sua cultura. Estavam presentes no evento lideranças negras da região e representantes de órgãos e entidades regionais, como a prefeitura de Vassouras, membros da Comissão da Verdade da Escravidão Negra, a Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Volta Redonda e professores da Universidade Federal Fluminense. Pelo acordo, foram abolidas encenações racistas na fazenda e estabelecidas medidas de reparação, como a colocação de placas em memória às pessoas que foram escravizadas, a elaboração de folhetos informativos e a apresentação da história do povo negro na região.

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