Iniciou ontem (10) no Centro de Formação Vicente Canãs, em Luziânia (GO), a segunda edição do curso de extensão em Histórias e Culturas Indígenas. A iniciativa é uma parceria do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Participam desta edição, entre indígenas e não indígenas, 50 cursistas das cinco regiões do país.
Para Clóvis Antonio Brighenti, professor da UNILA e coordenador do curso, o balanço positivo da primeira edição fez com que as instituições repetissem a formação. “A avaliação do curso realizado em julho do ano passado foi muito positiva, estimulando a continuidade e possível ampliação. Além de extensão, estudamos oferecer futuramente uma pós-graduação com a mesma temática”.
O curso, para Egon Heck, um dos fundadores do Cimi, responde as demandas históricas de movimentos sociais e populares na formação sobre a temática indígena. “A iniciativa trata-se de um retorno a uma demanda que foi sendo sentida nessas últimas décadas”, comentou o missionário. “Existiam solicitações de setores da sociedade e lutadores das causas sociais e populares, ávidos por um melhor entendimento e compreensão do complexo cenário plural em nosso país”, contextualizou.
Na plenária de apresentação os cursistas manifestaram uma grande confiança nos resultados positivos que esse momento de informação e formação lhes poderá proporcional. Trazem para o curso a expectativa de não apenas adquirir conhecimento sobre as lutas dos povos indígenas, mas também o desejo de contribuir com estratégias de apoio a causa indígena no rompimento de preconceitos, racismos e violências.
Compõem o grupo mulheres e homens de diversos campos da ciência e das lutas sociais e populares. A comunidade tem representantes das artes, como compositores e atores de teatro, da agroecologia, economia, agronomia, letras, linguística, pedagogos e agentes de saúde.
Os cursistas permanecerão em aula até o dia 28 de julho, com grade de 180 horas/aula. As temáticas abordadas no curso de extensão são História e Resistência Indígena, Conjuntura Política Indigenista, Terra Território e Territorialidade e sua relação com os projetos de Bem Viver, Direitos Indígenas, Antropologia Indígena e questão metodológica do ensino da História Indígena nas escolas.
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Clóvis Antonio Brighenti em aula para os alunos da primeira edição do curso. Foto: Tiago Miotto / Cimi