Mulheres, a primeira vítima do capitalismo

Silvia Federici, historiadora feminista italiana, propõe rever as origens do sistema. Para ela, nem Marx percebeu que, sem confinar as mulheres à reprodução, não haveria capital

Por Inês Castilho – Outras Palavras

“Somos as filhas das bruxas que vocês não conseguiram matar”, escreveram algumas mulheres nos muros de cidades brasileiras, durante a primavera feminista. Talvez por isso a vinda da historiadora feminista italiana Silvia Federici ao Brasil, na semana passada, para lançar Calibã e a Bruxa – Mulheres, corpo e acumulação primitiva, atraiu em torno de si e de seu livro centenas de jovens, no centro e na periferia do Rio de Janeiro e São Paulo. Uma semana de celebração para o movimento feminista brasileiro, que ao mesmo tempo recebia na Bahia a norte-americana Angela Davis para um curso sobre feminismo negro, no Recôncavo Baiano. Alás! (mais…)

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Vilma Reis: “Nós, mulheres e homens negros, estamos na mesma linha de tiro”

A socióloga baiana de Nazaré das Farinhas que luta pelo empoderamento coletivo da população negra

Brasil de Fato

Vilma Reis, socióloga e ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia, recebeu a reportagem na sede da Defensoria na segunda (24), dia antes da data mais esperada desse mês de julho em Salvador. A agenda intensa de trabalho e atividades com outras mulheres negras não foi impeditivo para que ela conversasse conosco sobre a sua trajetória. (mais…)

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Por que já não basta eleger o presidente

Cada vez mais claro que, para superar maré conservadora, será preciso enfrentar Congresso, mídia e Judiciário. Isso exige intensa mobilização popular e uma Constituinte exclusiva 

Uma opinião de Mauri Cruz* – Outras Palavras

O golpe parlamentar-judiciário-midiático acertou em cheio a estratégia que as esquerdas vinham desenvolvendo com certo sucesso nas últimas décadas no Brasil. Ninguém esperava que a direita e a centro-direita iriam promover a ruptura com o estado democrático de direito até porque este “estado de direito” seguia nos limites do estado burguês e também porque os governos de esquerda não implementaram uma agenda de mudanças estruturais. Por motivos nacionais, talvez a direita seguisse convivendo com governos populares. O que incidiu para a ruptura do pacto, certamente, foram os interesses internacionais. Apesar disto, ainda hoje há setores da esquerda que acreditam que é possível recompor uma aliança com a burguesia brasileira. Me parece uma leitura equivocada e um aliança improvável. Ao final a conclusão sobre uma reflexão da conjuntura é bastante triste: o fim da conciliação só ocorreu por decisão da direita, caso contrário, parte da esquerda seguiria no mesmo barco até sabe-se lá quando e a que custos. (mais…)

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Índios Kanamari apontam massacre na segunda maior Terra Indígena do Brasil

Chacina teria vitimado entre 9 e 18 indígenas da etnia Warikama Djapar; TI Vale do Javari concentra a maior quantidade de povos isolados do mundo

Por Izabela Sanchez – De Olho nos Ruralistas

Em fevereiro de 2017, na segunda maior Terra Indígena (TI) do Brasil, mais uma chacina pode ter passado despercebida aos olhos das autoridades. Indígenas Kanamari denunciaram, durante um encontro da etnia em junho, um ataque à tribo isolada dos Warikama Djapar, como são chamados pelos Kanamari. O massacre teria vitimado entre 9 e 18 pessoas. O número ainda está sendo apurado, e pode ter um grande proprietário de terras da região como mandante. (mais…)

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“Quem vive da pistolagem está seguro. Pode matar, não vai acontecer nada”, por Leonardo Sakamoto

Blog do Sakamoto

”No Pará, quem vive do crime organizado e da pistolagem está tranquilo e seguro: pode matar que não vai acontecer nada. É uma situação para intervenção federal.” O desabafo foi feito por uma liderança social da região Sudeste do Pará que pediu para não ser identificada, pois teme ser a próxima na fila. (mais…)

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