Construtores de condomínio da Rio 2016 trocaram escolas públicas por parque onde ninguém entra

Por Ruben Berta, no The Intercept Brasil

Um balanço improvisado com uma corda e um pneu velho e uma gangorra feita com um tronco de madeira sobre uma base de três pedregulhos são a diversão de Vitória, uma criança que mora numa casa de madeira escondida entre árvores, uma das poucas que restam de uma colônia de pescadores às margens da poluída Lagoa de Jacarepaguá. Uma das principais avenidas que cortam a Zona Oeste do Rio de Janeiro separa o quintal onde ela brinca do megacondomínio vizinho, o Ilha Pura, parceria entre as construtoras Carvalho Hosken e Odebrecht e que foi usado durante a Olimpíada Rio 2016 como vila dos atletas. O que a menina não sabe é que ela deveria poder brincar lá dentro – onde há um parque com ciclovia, lagos, pistas de skate e patinação e oito quadras esportivas. (mais…)

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