Por Andreza Matais, no Estadão
Cada um dos 11 ministros do Supremo terá neste ano uma cota de R$ 51,6 mil para custear passagens aéreas nacionais. É permitido a eles solicitar o auxílio sem necessidade de justificar a natureza da viagem, até mesmo no recesso. A Corte entende que podem despachar eletronicamente de qualquer lugar do País. Em 2017, a cota era de R$ 50,4 mil por ano. Os ministros Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello e Celso de Mello não usaram a verba no ano passado. Luiz Fux foi o que mais requereu, R$ 47,2 mil, de janeiro a outubro, último dado disponível.
Destino
Atual presidente do TSE, Fux fez 41 das 44 viagens compradas com a cota para o Rio, seu Estado, o que é permitido pelo Supremo. Sua assessoria justifica: “Toda a família do Ministro se encontra no estado do Rio, inclusive sua Querida Mamãe, esposa e filhos, portanto sua necessidade de deslocamento para tal Cidade.”
Com a palavra
A assessoria de Fux diz, ainda, que “todos os esforços envidados para obter os referidos dados atualizados junto à administração do STF, foram inócuos” devido ao feriado. E que não seria possível checar ontem se ele tinha agenda de trabalho no Rio na ocasião das viagens.
Tá na mão
O STF disse que todos os dados relacionados às viagens dos ministros estão “discriminados no seu portal na internet.”
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Foto: José Cruz /Agência Brasil