No início deste mês, o Brasil ratificou um tratado que oferece mais segurança às trabalhadoras. Número de profissionais está em declínio pelo esforço das novas gerações em buscar outros trabalhos
Por Felipe Betim, no El País
“Levanto todos dias às cinco da manhã, e todos os dias minha vida é uma luta”. Edilene Pereira divide seu tempo entre trabalhar como diarista duas vezes por semana e cuidar sozinha de seus quatro filhos. Faz quatro anos que ela deu à luz a duas meninas gêmeas, sendo que uma delas, Alícia, nasceu com microcefalia e paralisia cerebral. Quando Edilene não está trabalhando, se dedica a levar a menina bem cedo a sessões de fisioterapia e fonoaudiologia em três lugares diferentes. Seu sonho, ela conta, é ver os filhos formados na faculdade e todo seu esforço recompensado. “Qual mãe não sonha com isso?”, questiona ela da casa onde trabalha, no bairro Alto de Pinheiros, em São Paulo. (mais…)