Atingidos do Baixo Iguaçu protestam por direitos

Há cinco anos, moradores da região Sudoeste do Paraná lutam para garantir direitos negados por hidrelétrica

No MAB

Há meses, famílias atingidas vêm denunciando que as empresas Neoenegia\Copel, sócias-proprietárias da hidrelétrica em construção no Rio Iguaçu, na região Sudoeste do Paraná, não tem cumprido com as condicionantes, o que levou a criação de uma Comissão Técnica Multidisciplinar. No entanto, recentemente o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) declarou o enceramento da Comissão, mesmo sabendo que os trabalhos não estavam concluídos.

Diante do descaso, no dia 16 de fevereiro os atingidos pela Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu realizaram ato público em frente ao Banco do Brasil (um dos proprietários da Usina através PREVI), seguiram em marcha até a prefeitura e na sequência se deslocaram até o Fórum do município de Capitão Leônidas Marques (PR).

Um dos participantes relata que as empresas Neoenergia e Copel não têm honrado com os compromissos assumidos, colocando a vida das comunidades locais em risco de ficarem sem terra e sem moradia.  “A obra está quase terminando e nós há 5 anos aqui sofrendo ameaças. O reassentamento, que é uma condicionante das licenças até agora nem as áreas soubemos onde é, e tem mais gente com direitos judicializados, negados e ainda criaram o remanso que coloca em risco mais de 100 famílias”.

Os atingidos exigem a imediata compra de áreas para reassentamento das famílias, retomada das reavaliações dos direitos negados, negociação sem judicialização, indenização\reparação para todas as famílias do remanso e apresentação do plano de desenvolvimento e recuperação dos municípios.

O presidente do IAP se comprometeu em convocar uma reunião de urgência com todos os membros da Comissão, atingidos e empresa.

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