A dívida histórica é imensa, mas a ação tradicional — baseada na superexposição pública, competição e dinheiro — não atrai. Será possível reinventar a política a partir de processos mais participativos e menos egocentrados?
Por Débora Nunes* – Outras Palavras
Acompanho e participo da política no Brasil há décadas. Vejo dois mundos: o das organizações de base, aquelas que mobilizam pessoas diretamente, em ativismos de diversos tipos, é majoritariamente feminino. No universo da política representativa, no entanto, o número de parlamentares, prefeitas e governadoras ainda é muito pequeno, mesmo depois de duas décadas de políticas de cotas para as candidaturas femininas. (mais…)