GCM agride professores municipais em protesto na Câmara de SP

Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas e uma mulher foi espancada pela polícia

No Catraca Livre

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) agrediu professores municipais durante o protesto realizado em frente à Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta-feira, dia 14. Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas e uma mulher foi espancada pela polícia, de acordo com relato da vereadora Sâmia Bomfim (PSOL).

O confronto começou quando os manifestantes contrários à reforma da Previdência de servidores municipais tentavam entrar no prédio para acompanhar a audiência que discute o projeto de lei sobre o assunto. O tema faz parte da pauta da Comissão de Constituição e Justiça, que ocorre nesta quarta.

Ato em frente à Câmara Municipal de SP (Foto: Reprodução/TV Globo)

Nas redes sociais, Sâmia publicou fotos da manifestação e relatou o caso de violência contra a professora. “Na semana em que Doria anuncia sua candidatura ao governo, ele espanca professores e servidores em luta contra o fim da aposentadoria”, escreveu.

O texto da reforma prevê o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%, além da instituição de contribuição suplementar vinculada ao salário do servidor. Por isso, o desconto poderá chegar a 18,2%, segundo a prefeitura. A gestão defende que, sem a alteração, a sustentabilidade da previdência municipal não é viável.

Os professores municipais entraram em greve contra a proposta na última quinta-feira, dia 8. A paralisação atinge 93% das 1.550 escolas da administração direta, ou seja, administradas pela própria Prefeitura com o auxílio de funcionários públicos.

Professora passa mal após PM usar bombas de gás lacrimogêneo para afastar manifestantes da Câmara Municipal (Foto: Reprodução/TV Globo)

De acordo com balanço da Secretaria Municipal de Educação, 46% das unidades de ensino aderiram à paralisação totalmente, 47% funcionam parcialmente e apenas 7% funcionam normalmente.

Além dos professores municipais, servidores de outros setores também estão em greve, como da saúde, da zoonose, do serviço funerário, engenheiros, arquitetos, assistentes sociais, bibliotecários e guardas, segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep).

Imagem: Professora fica ferida durante protesto na Câmara (Foto: SUAMY BEYDOUN/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO)

Enviado para Combate Racismo Ambiental por Isabel Carmi Trajber.

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