Importação de sêmen americano aumenta 3.125% no Brasil, e Wall Street Journal aponta racismo como motivo

Segundo o The Wall Street Journal, procedimento ainda é muito caro. De acordo como periódico, quem faz a importação deseja ter filhos brancos

Por Beatriz Sanz, do R7

Uma reportagem publicada nesta quinta-feira (22) no jornal americano The Wall Street Journal  denuncia o aumento exponencial de importação de sêmen americano para o Brasil. Segundo dados levantados pela publicação, a importação de material genético dos Estados Unidos aumentou de 16 tubos em 2011 para 500 em 2017. Um crescimento de 3.125% em seis anos.

O periódico argumenta que o motivo de um aumento tão notável seria o racismo da sociedade brasileira. “A preferência por cores brancas reflete o racismo persistente em um país onde a classe social e a cor da pele se correlacionam com a precisão gritante”, afirma o texto.

“Mais de 50% dos brasileiros são negros ou pardos, um legado do Brasil causado pela importação mais de dez vezes mais escravos africanos do que os Estados Unidos; foi o último país ocidental a proibir a escravidão, em 1888”, completa.

A teoria traçada pelo jornal é a de que a escolha por pais brancos e estrangeiros seja para evitar que as crianças no futuro enfrentem preconceitos, salários menores ou tratamentos diferenciados pela polícia.

A maior parte dos importadores são casais heterossexuais (41%), seguidos pelas mães solo (38%). Mas chama a atenção o crescimento da importação por casais lésbicos. Elas são 21% dos compradores.

Um fator fundamental para você entrar nesse mercado tão seleto é o dinheiro, já que um frasco de sêmen pode custar R$ 4.970, e o processo total de fertilização in vitro tem um preço aproximado de R$ 23.200.

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