Exército faz licitação de R$ 6,5 milhões com camarão, bebidas finas e caviar

Por Leandro Prazeres, do UOL em Brasília

Em meio às restrições orçamentárias do governo federal, o Comando Militar do Leste, vinculado ao Comando do Exército, realiza uma licitação estimada inicialmente em R$ 6,5 milhões para a compra de mantimentos que incluem uma lista de produtos refinados e bebidas alcoólicas.

Entre os produtos licitados estão duas toneladas de camarão, 109 potes de caviar e milhares de garrafas bebidas alcoólicas, como vinhos nacionais e importados, uísque, cachaça e espumante. Questionado pela reportagem, o Exército disse que esses artigos serão destinados ao abastecimento dos restaurantes e bares de dois hotéis da corporação no Rio e serão vendidos aos hóspedes (leia mais abaixo). (mais…)

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Favelas são de fato assentamentos ‘informais’?

Por Priscilla Mayrink, no Rio On Watch

Definir o que é favela é uma tarefa difícil. Muitos moradores e pesquisadores já mostraram aspectos tão diferentes entre favelas e intra favelas para nos fazer romper com as generalizações e com o senso comum, que a definição do que é ou não favela se torna uma tarefa de grande complexidade. No entanto, apesar de tantas desconstruções, não é incomum ouvir a síntese de que favela é um espaço ou um assentamento informal da cidade, que surgiu e que segue existindo na informalidade. Normalmente, esse discurso surge como forma de opor a favela à lógica do que é reconhecida a “cidade formal”, como se fossem duas realidades opostas, e não duas faces de uma mesma moeda. Esta matéria tem, portanto, o objetivo de questionar essa oposição, compreendendo tanto o espaço da favela quanto o da não-favela como espaços desiguais produzidos a partir de uma mesma lógica. (mais…)

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Nem coerentes, nem lógicas, as lutas de Junho de 2013 sobrevivem à revelia da compreensão da esquerda. Entrevista especial com Giuseppe Cocco

por Ricardo Machado, em IHU On-Line

Lá se vão cinco anos dos levantes de Junho de 2013. Diferentemente de uma perspectiva que pudesse compreender o fenômeno como algo isolado, as jornadas de Junho parecem emergir a cada tentativa de invisibilizá-la. Assim foi com a greve dos garis no Rio de Janeiro em 2014, com as ruas contra o estelionato eleitoral em 2015, com as ocupações universitárias e secundaristas em 2016 e, mais recentemente, com a greve dos caminhoneiros, lembra Giuseppe Cocco em entrevista por e-mail à IHU On-Line. “Oras, essa brecha era, em 2013, claramente democrática. Hoje ela é muito mais complexa e indeterminada. Em Junho de 2013, a multidão declarou que ‘queria tudo’, queria as cidades como espaços comuns de sua reprodução produtiva e indicava claramente como obstáculo a essa apropriação do comum o bloco mafioso do biopoder. Em Junho, todas as lutas que sonhávamos aconteciam, a começar pela contestação geral do bloco do biopoder e da governamentalidade mafiosa”, destaca. (mais…)

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‘Vi crianças indígenas em Belo Monte brincando de chutar frango Sadia’

Pesquisadora da UFPA explica por que a construção de hidrelétricas não resultou no desenvolvimento da região Norte

por Lilian Milena, em Jornal GGN / IHU On-Line

Com os piores indicadores de desenvolvimento do país, a região Norte, que abrange  Acre,  Amapá,  Amazonas,  Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, está no centro da expansão energética-mineral brasileira. Grandes empreendimentos energéticos traçam a história desses estados incluídos na Amazônia Legal, mas ao invés de resultarem em avanços locais, em termos sociais e econômicos, o impacto mais intenso é de destruição ambiental, empobrecimento e genocídio. O balanço foi apresentado pela professora e pesquisadora da Universidade Federal do Pará, Sônia Magalhães Santos, na abertura do Fórum Brasilianas Desenvolvimento Regional Includente e Sustentável, realizado em parceria com a instituição de ensino superior e a Andifes, nesta sexta-feira (08), em Belém do Pará. (mais…)

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Terras indígenas foram invadidas com soja transgênica, conclui Ibama

Quatro associações de indígenas e quatro agropecuárias são responsáveis pelo plantio

por Rubens Valente, em Folha de S. Paulo / IHU On-Line

O Ibama multou em R$ 2,7 milhões produtores rurais e associações indígenas após confirmar o plantio de soja e milho transgênicos em quatro terras indígenas no oeste de Mato Grosso, levados por produtores rurais que fecharam contratos com os índios para exploração da área. O cultivo e a pesquisa de OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) em terras indígenas são proibidos pela lei 11.460, de 2007. (mais…)

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A ordem da desordem, por Yakuy Tupinambá*

Sempre ouvi que nós (humanos) somos seres em evolução e que no século XXI seria o ápice. Subentendíamos que não haveria mais ignorância (falta de conhecimento), que a subserviência (escravidão) não existiria mais, assim como a fome e a miséria, dominados e dominadores. Ledo engano. A impressão que se tem é que a evolução humana se dá em ordem decrescente, demonstrando a existência de trocadilho, o que evolui na verdade é a destruição de tudo e de todos, a ganancia se superando dentre as nomenclaturas do desenvolvimentismo, dos neologismos e da ordem e do progresso. Roupagens no mínimo agressivas à plenitude da vida. (mais…)

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