A visibilidade de um atentado à imagem de uma mulher branca produz muito mais adesão do que o extermínio das vidas negras e periféricas
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“Ele não viu que eu estava com a roupa de escola, mãe?”
Esta foi a frase de Vinícius, 14 anos, baleado nas ruas da Maré no momento em que o helicóptero blindado da Polícia Civil do Rio de Janeiro abria fogo em direção ao solo. Vinícius agonizou nos braços da mãe, foi socorrido ao hospital muito tempo depois, teve órgãos retirados, suturas por todo o corpo, mas não resistiu aos ferimentos e estilhaços de bala que o destruíram. (mais…)