Brasil constrói depósito para combustível nuclear de Angra I e Angra II

Por Tania Malheiros, em seu blog

Cerca de US$ 50 milhões é o que deve custar a construção da Unidade de Armazenamento Complementar a Seco (UAS), para a estocagem, em dois anos, de combustível usado (urânio enriquecido), das usinas Angra I e Angra II.  A vencedora da concorrência para a construção foi a  Holtec, com sede em Camden, Nova Jersey, nos Estados Unidos.
A Holtec é fornecedora de equipamentos e sistemas para a indústria de energia, especializada na concepção e fabricação de peças para reatores nucleares. Participaram da licitação e perderam as empresas americanas Nac e Areva.

Está em andamento a licitação para o desmonte do talude, com a remoção de terra, cortes no morro, por exemplo. O edital foi publicado na semana passada, confirma a Eletronuclear.

O governo tem que construir a UAS, porque o esgotamento da capacidade de armazenamento das piscinas, onde o combustível fica depositado, ocorrerá em julho de 2021, no caso de Angra II; e em dezembro do mesmo ano, em Angra I. A USA terá capacidade para armazenar o combustível até 2045.

A previsão da Eletronuclear é de que a USA fique pronta em maio de 2020, para a transferência dos combustíveis usados de Angra II, até agosto do mesmo ano. Já os de Angra I, até janeiro de 2021. Combustível usado é produto altamente precioso, porque uma vez reprocessado, torna-se plutônio.

Todo material usado e produzido pelas usinas nucleares de Angra passa pelo crivo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com sede em Viena, na Áustria, liderada pelas grandes potências, como os Estados Unidos.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Fernanda Giannasi.

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