Violência no campo cresce e três mortes são registradas na última semana

Casos ocorreram nos estados do Pará, Mato Grosso e Maranhão.

Na CPT*

Um líder sindical e dois indígenas foram mortos entre os dias 10 e 12 de outubro nos estados do Pará, Mato Grosso e Maranhão.

Aluísio Sampaio, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Sintraf), foi morto no dia 11 de outubro, em Castelo dos Sonhos, distrito de Altamira (PA).

Segundo informações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o sindicalista já havia denunciado ter sofrido ameaças de morte na região. O corpo de Aluísio, conforme a imprensa local, foi encontrado pela esposa, com marcas de tiro na cabeça, na residência onde o casal morava.

Indígenas

Decorrente de conflito com servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai), um indígena da etnia Tenharim foi morto e outro ferido na  base do órgão, localizada na Terra Indígena Kawahiwa do Rio Pardo, em Colniza, no noroeste do Mato Grosso.

De acordo com informações preliminares, um grupo de pessoas, entre madeireiros e indígenas, teria ido até a sede da Funai na localidade, onde ocorreu um tiroteio que vitimou Erivelton Tenharin, liderança local, e feriu o professor Cleomar Tenharin.

O Ministério Público Federal do Mato Grosso instaurou inquérito para apurar o conflito. A Associação do Povo Indígena Tenharin do Igarapé Preto (Apitipre) divulgou nota manifestando pesar em decorrência da morte de Erivelton.

Gavião

O indígena Davi Mulato Gavião foi morto a tiros na madrugada do dia 12, no município de Amarante do Maranhão. Segundo informações, Davi tinha transtornos mentais e teria sido alvejado por quatro tiros. Candidata à vice-presidência na chapa do PSOL, junto a Guilherme Boulos, Sônia Guajajara, denunciou o assassinato na conta que mantém no Facebook.

*com informações do MST, MPF-MT e Observatório Socioambiental.

Foto: Pixabay

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