Rosa, uma vida cor de luta (dossiê)

A revolução alemã faz cem anos. E com ela o assassinato de Rosa Luxemburgo, de Karl Liebknecht e de tantas e tantos outros. Ocasião para revisitar a vida e obra de Rosa Luxemburgo. Dossier organizado por Carlos Carujo

No Esquerda.net

Há cem anos a guerra mundial chegava ao fim com processos revolucionários a irromperem em vários pontos da Europa.

Na Alemanha, acontece uma verdadeira revolução que foi derrotada e banhada em sangue primeiro e esquecida depois. Uma das suas protagonistas é Rosa Luxemburgo. Para além de dois artigos alargados sobre isto, sintetizamos em duas cronologias a vida de Rosa e os principais acontecimentos desta revolução.

Rosa Luxemburgo será assassinada pelo governo social-democrata alemão que tinha tomado o poder na sequência da revolução de novembro de 1918 que derruba a monarquia germânica.

A partir daí, diminuída ou apagada a dimensão da situação revolucionária que se viveu na Europa central naquela época, ela e o conjunto dos membros da Liga Espartaquista, têm sido quer vilipendiados como perigosos revolucionários pela direita, quer apagados da história pela esquerda social-democrata, quer reverenciados como mártires pela esquerda revolucionária.

À esquerda, se o seu exemplo é louvado, as suas ideias têm sido menorizadas na comparação com a revolução soviética e com o leninismo.

Neste dossier olhamos para o legado teórico deixado por Rosa Luxemburgo a partir de diversos temas e pontos de vista: Rosa feminista ou Rosa marxista não eurocêntrica são dois temas em destaque.

Para além do documento histórico que é o programa da Liga Espartaquista/Partido Comunista da Alemanha, escrito por Rosa Luxemburgo, apresentamos uma síntese das suas ideias elaborada por Gabriel Maissin.

E aprofundamos a leitura do seu pensamento de Rosa. Com Philippe Corcuff encontramos uma Rosa libertária e analisamos a forma como esta relacionava os meios e os fins na política revolucionária. Com Michael Löwy num artigo em duas partes (aqui e aqui) encontramos Rosa filósofa, dissecando-se a sua “filosofia da praxis”.

E cabe ao historiador António Louçã a tarefa de relacionar o legado de Rosa Luxemburgo com as revoltas atuais como as dos coletes amarelos e com as perspetivas reformistas.

Dossier: Dossier 292: Rosa, uma vida cor de luta

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