Nesta segunda-feira (25), o governador do Pará, Elder Barbalho conversou como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, Helder Salomão (PT/ES) sobre os assassinatos da defensora de direitos humanos e coordenadora regional do Movimento dos Atingidos por Barragem, Dilma Ferreira da Silva, do marido dela Claudionor Amaro Costa da Silva e de Hilton Lopes. Eles foram encontrados amarrados e esfaqueados na sexta em um assentamento na área rural de Baião, na região da hidrelétrica de Tucuruí.
Por Pedro Calvi, CDHM
A denúncia foi enviada, a CDHM, no mesmo dia, pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Em seguida, o presidente da Comissão pediu agilidade na adoção na apuração do crime e na identificação dos responsáveis, através de ofícios para o governador do Pará, ao secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado e para o procurador-geral de Justiça, Glberto Martins.
“Hoje, o governador Helder Barbalho falou conosco sobre as providências que estão sendo tomadas. Entre elas, o envio para o local do crime de servidores da delegacia especializada em conflitos agrários e do delegado-geral de polícia do Pará, Alberto Teixeira. O governador garantiu que os crimes serão esclarecidos e vai nos manter informados sobre todas as ações que forem desenvolvidas”, afirmou Helder Salomão.
O Escritório para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) também condenou os assassinatos.
Em nota oficial, o ACNUDH pede às autoridades brasileiras uma completa investigação completa, independente e imparcial sobre os crimes.
O Escritório afirma, ainda, que “o Estado brasileiro tem a responsabilidade de garantir a proteção integral das pessoas defensoras de direitos humanos no país para que possam cumprir com seu papel fundamental na sociedade, especialmente na defesa dos direitos das populações mais vulneráveis”.
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Imagem: Dilma Ferreira da Silva – Foto: reprodução G1