Jaques Wagner aciona PGR e TCU para investigar suspeita de fraude em banca organizadora de concurso para diplomata

Senador pede apuração para averiguar troca sem licitação de instituto que faz provas para concurso do Itamaraty

Por George Marques, na Revista Fórum

O senador Jaques Wagner (PT-BA) protocolou, nesta quarta-feira (3) representações solicitando que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) investiguem se houve fraude no processo de troca da banca organizadora do concurso de admissão para a carreira de diplomata.

De acordo com publicação do Diário Oficial da União, de 27 de junho, o Ministério das Relações Exteriores contratou, com dispensa de licitação, o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades) para a realização das provas de 2019. Há anos, a seleção era feita pelo Cebraspe, antigo Cespe/UnB.

“Os órgãos precisam investigar essa decisão do MRE. O Iades não é um instituto de ensino, mas, sim, de apoio à educação”, afirmou o blog o senador.

“Foi criado em 2009 e nunca realizou concurso para o quadro do Itamaraty. Além disso, foi alvo de investigação e de denúncia, em 2017 e em 2018, após suspeitas de fraude nos concursos da Polícia Militar do Distrito Federal. Já o Cebraspe é qualificado como Organização Social desde 2013, além de ser vinculado ao Ministério da Educação”, ressalta.

Diante desse cenário, Jaques Wagner questiona em suas representações a quem interessa a contratação dessa nova instituição. “Trata-se de um dos concursos mais tradicionais e disputados do País, que seleciona servidores para uma das mais respeitadas instituições do serviço público federal. Então, proponho a instauração de inquérito civil público com vistas a apurar se houve fraude à licitação e anular o extrato de dispensa de licitação”, explica o senador baiano.

Foto: Pedro França/Agência Senado

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