Música traz o tema da Devastação Sócio-Ambiental em Brumadinho/Paraopeba

Por Alexandre Gonçalves, agente da CPT Minas Gerais

Após o rompimento da barragem do córrego do feijão, da mineradora Vale em Brumadinho, Minas Gerais, pastorais do campo fizeram a “Peregrinação no Rio Paraopeba: no rastro do Crime da Vale”.

Nesta caminhada pudemos sentir a dor dos atingidos em Brumadinho. Na beira do Paraopeba, rio morto pela lama da Vale, a dor dos Pataxós, dos sem terras que vivem no acampamento  Terra Livre do MST. Ainda pudemos percorrer todo o Paraopeba em meio a desinformação “programada”, dialogar com os moradores, ribeirinhos, pescadores, ambientalistas, camponeses e religiosos. Percorremos o Paraopeba até sua foz, no Rio São Francisco.

Rio Vivo Povo Vivo. Rio Morto….

É incalculável o impacto do crime da Vale na natureza. É incalculável como o crime afeta a vida das pessoas. Seja as que perderam seus filhos, seja as que perderam “seu rio”.

Mesmo com quase 300 pessoas mortas. Um rio inteiro morto. As empresas não param. A Vale não parou de minerar. As outras empresas que exploram a terra na região não pararam. O maior trem do mundo segue seu itinerário.

Daí surgiu a música Nada Vale. De minha autoria, com arranjo coletivo e produção da Guella Music e Nihil Estúdios (de Montes Claros), de forma independente, publicamos a canção que tenta trazer um pouco do que acontece nas terras arrasadas de Minas.

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