Comitiva demonstrou preocupação com discriminação contra comunidade islâmica no país
Ministério Público Federal na 4ª Região
Representantes da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) estiveram na Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4), unidade de segunda instância do Ministério Público Federal, em Porto Alegre, na tarde de ontem (1º). O objetivo foi demonstrar preocupação com casos de discriminação racial e religiosa praticados contra árabes, palestinos e muçulmanos. O trio também foi à Procuradoria da República do Rio Grande do Sul (unidade de primeira instância do MPF), onde ingressou com representação contra site que enaltecia tais atos.
O diretor jurídico e a conselheira fiscal da Fepal, Nasser Judeh e Regina Hamid, mais o advogado Jamil Bannura, foram recebidos pelo procurador-chefe da PRR4, Marcelo Veiga Beckhausen, e pelo procurador regional da República Paulo Gilberto Cogo Leivas, membro do Núcleo de Apoio Operacional à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão na 4ª Região.
Eles lembraram da agressão contra mulheres muçulmanas praticada em Curitiba (PR), em 2015, e de dois fatos de 2019: a tentativa da Organização Sionista do Rio Grande do Sul de fazer com que o time de futebol Palestino, que enfrentou o Sport Club Internacional pela Libertadores, em abril deste ano, retirasse do uniforme o mapa em que aparecia a antiga região da Palestina e o recente ataque ao bar de refugiados Al Janiah, ocorrido no centro de São Paulo, em 1º de setembro. A comitiva também se colocou à disposição para promover com o MPF audiências públicas, seminários, congressos, entre outros eventos com o intuito de prevenir a discriminação.
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Foto: Ascom PRR4