Em nota, famílias Sem Terra pedem saída de superintendente do INCRA Marabá

Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estiveram na sede da Superintendência do INCRA em Marabá

Da Página do MST

Diante do descaso do superintendente do INCRA Marabá, Antônio Miranda, o MST no Pará denuncia as atitudes contra a conciliação e a Reforma Agrária no Estado. Confira abaixo a nota do Estado.

Tendo em vista a missão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de executar a reforma agrária e realizar o ordenamento fundiário nacional, o MST no Pará entende como irresponsável a recusa de receber representantes do campo diante da conjuntura política atual.

Confira a nota do estado sobre o caso:

SEM NEGOCIAÇÃO, FAMÍLIAS SEM TERRA PEDEM A SAÍDA DE SUPERINTENDENTE DO INCRA MARABÁ

Os representantes das comunidades rurais, dos assentamentos e acampamentos organizados pelo MST em mais de 08 municípios do sul e sudeste do Pará estiveram na manhã desta terça-feira (01/10) no INCRA SR27 para uma audiência marcada há um mês. O Superintendente regional da SR27 decidiu ignorar a presença das lideranças e desarticulou a audiência.

O MST do Estado do Pará repudia a postura de Antônio Miranda, conhecido por Mirandinha, que se negou a receber em audiência os trabalhadores e trabalhadoras e que ao invés disso, acionou um aparato policial para superintendência.

O INCRA foi criado com a missão prioritária de realizar a Reforma Agrária e manter o diálogo com os trabalhadores que dependem funcionamento desse órgão público no seu dia a dia.

Em meio à maior crise ambiental das últimas décadas na Amazônia, se negar a receber os camponeses numa repartição pública só demonstra o total despreparo para estar à frente de um órgão público que deveria atuar no desenvolvimento de comunidades camponesas, que alimentam as cidades e preservam a natureza.

Ao contrário disso, o superintendente, com essa ação de ignorar os trabalhadores(as) que ali estão representando mais de 20 comunidades, demonstra claramente que esse órgão está nas mãos dos latifundiários e das grandes empresas que estão destruindo a natureza e a vida dos trabalhadores com seu projeto de veneno, monocultivo e grandes projetos.

Esse desrespeito com as famílias Sem Terra só comprova que a autarquia coloca os direitos dos trabalhadores(as) à margem, sob descaso e violência. Enquanto que para mercenários e corruptos desse estado a porta do gabinete está aberta para usurpação.

Queremos Antônio Miranda FORA da superintendência SR27, ele não representa o diálogo e muito menos o desenvolvimento da agricultura e das comunidades rurais.

Coordenação Estadual do MST no Pará

Imagem: Manifestação em frente ao INCRA Marabá, no Pará. Foto: Divulgação MST

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.

dezesseis − cinco =