A FUP [Federação Única dos Petroleiros] e seus sindicatos filiados enviaram nesta terça-feira, 22, comunicado à Petrobrás, às subsidiárias e à Araucária Nitrogenados (ANSA) notificando os gestores sobre o início da greve dos petroleiros, a partir da zero hora do dia 26/10, conforme deliberação das assembleias.
Diante da intransigência da Petrobrás em negociar os pontos apresentados pela FUP para melhoria da proposta de Acordo Coletivo, encaminhados à empresa e ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) no dia 26/09, não resta outra alternativa aos petroleiros se não o exercício do direito legítimo de greve.
Em assembleias realizadas nas últimas semanas, os trabalhadores rejeitaram amplamente a proposta do TST e aprovaram greve por tempo indeterminado a partir do dia 26 de outubro, caso a Petrobrás não aceitasse até a data de hoje (22/10) dar prosseguimento à negociação do ACT.
No último dia 18, a FUP informou ao TST e à Petrobrás o resultado das assembleias e reiterou a importância da negociação dos pontos que foram referendados pelos trabalhadores para melhorar a proposta que o Tribunal apresentou para o Acordo Coletivo de Trabalho da categoria.
Os petroleiros lutam por manutenção de direitos e empregos, reivindicando a preservação do atual Acordo Coletivo de Trabalho.
A gestão da Petrobrás retirou diversas cláusulas do ACT, acabando com direitos e garantias conquistados pela categoria ao longo das últimas décadas, propôs reajuste salarial de apenas 70% da inflação e quer aumentar a assistência médica dos petroleiros em mais de 17%.
Além disso, a empresa está fechando e privatizando unidades em todo o país, acabando com postos de trabalho, através de diversos planos de demissão que estão sendo lançados.
Soma-se a isso o fato das subsidiárias e da Araucária Nitrogenados sequer terem apresentado proposta de Acordo Coletivo para os seus trabalhadores.
Nesta quarta-feira, 23, a FUP e seus sindicatos estarão reunidos em Conselho Deliberativo no Rio de Janeiro para discutir estratégias da greve.
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FUP. Foto: Mauro Pimentel /AFP