4 anos sem Nicinha, chega de impunidade!

Há quatro anos do assassinato de Nicinha em Rondônia, as ameaças a vida de defensores de direitos humanos na mesma região tem sido frequentes.

No Mab

Na última terça-feira 7 de janeiro, completam-se 4 anos do assassinato de Nilce de Souza Magalhães, mais conhecida como Nicinha, militante do MAB, mãe, avó e pescadora no rio Madeira. Nicinha lutava pelo reconhecimento dos impactos na sua comunidade, o Distrito de Abunã, causados pela hidrelétrica de Jirau em Rondônia e pelos direitos dos pescadores atingidos pelas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio. 

Nilce foi assassinada no dia 07 de janeiro de 2016 e seu corpo apenas foi encontrado 5 meses depois, os acusados de seu assassinato foram julgados em 2017, porém até hoje, a motivação do crime é desconhecida, e os acusados seguem recorrendo da decisão nas instâncias superiores, sem sabermos quem paga os serviços de advocacia particulares. 

Na mesma região, o alto Madeira, Ana Flavia, também militante do MAB em Jaci-Paraná, tem sido recorrentemente ameaçada e intimidada, seu caso foi discutido na 15ª Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Programa de proteção a Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), que concluiu por sua inclusão ao programa de proteção, pelo nexo causal entre sua militância na defesa dos moradores do Distrito de Jaci-Paraná, por meio do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e a situação de risco e ameaça.

Imagem: Nilce de Souza Magalhães, a ‘Nicinha’. Imagem: Joka Madruga

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