Militar do Exército se fere gravemente em perseguição a garimpeiros na Terra Yanomami

Exército informou que garimpeiros em três barcos bateram intencionalmente contra embarcações de fiscalização. Militares caíram na água e cabo sofreu corte profundo nas costas; além dele, um soldado também se feriu no rosto.

Por Valéria Oliveira e Fabrício Araújo, G1 RR 

Um cabo do Exército se feriu gravemente nas costas durante uma perseguição a garimpeiros no rio Uraricoera, região da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, na noite desse sábado (11). Além dele, um soldado também se feriu no rosto.

A assessoria da 1ª Brigada de Infantaria de Selva informou neste domingo (12) que a confusão ocorreu quando três embarcações com garimpeiros tentavam subir o rio sem passar pelo posto de fiscalização do Exército.

Na tentativa de abordá-los, dois barcos com militares seguiram as embarcações. No entanto, conforme o Exército, os garimpeiros aceleraram e bateram de maneira intencional contra os barcos da fiscalização.

“Além do choque [contra os barcos], os garimpeiros que tripulavam as embarcações utilizaram-se de varas de madeira, normalmente usadas para o controle da ancoragem e verificação da profundidade na navegação, para atingir os militares que faziam a abordagem”, informou em nota o Exército.

Com a batida entre os barcos, o cabo caiu na água e bateu na hélice do motor de popa dos garimpeiros. De acordo com o Exército, ele sofreu uma grave perfuração e diversos cortes nas costas. Um soldado teve o rosto atingido e também caiu na água.

Após o episódio, outros militares tiveram de socorrer as vítimas e os garimpeiros fugiram. Os dois militares foram medicados ainda na região e depois foram transportados de helicóptero a Boa Vista, onde estão sob cuidados médicos.

O militar com sérias perfurações nas costas passou por cirurgia e permanece estável. Ele está internado em um hospital local, informou o Exército, sem detalhar qual unidade.

O Exército classificou a situação como “extremamente grave” e determinou instauração de Inquérito Policial Militar para apurar a “responsabilidade criminal dos garimpeiros envolvidos no ato de agressão aos militares em serviço, bem como, a realização de operações na região para identificação e captura dos criminosos.”

O episódio ocorreu dois dias depois que 15 garimpeiros foram presos pelo Exército quando tentavam entrar na Terra Indígena Yanomami pelo rio Mucajaí com materiais de garimpo ilegal. Seis barcos foram apreendidos na ação e um garimpeiros se feriu.

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