Megaigrejas continuam abertas e dizem que fé cura coronavírus

Templos que recebem milhares de pessoas por culto planejam inclusive esquema de plantão para atender “os aflitos”

Por Alice Maciel, Andrea DiP, Raphaela Ribeiro, Agência Pública

Apesar das reiteradas recomendações dos órgãos de saúde para que se evite contato social e aglomerações para não disseminar o coronavírus, algumas igrejas evangélicas e também megaigrejas como a Universal do Reino de Deus de Edir Macedo, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo de Silas Malafaia e a Igreja Mundial do Poder de Deus, de Valdemiro Santiago — todas com milhares de templos espalhados pelo país e cujas sedes têm capacidade para 10 mil pessoas, 6 mil pessoas e 15 mil pessoas, respectivamente, seguem abertas e com alguns cultos cheios.

Segundo apurou a Agência Pública, outras igrejas evangélicas de grande porte como a Sara Nossa Terra, a Renascer em Cristo e a Quadrangular do Poder de Deus recomendaram aos fiéis que assistam os cultos online mas ainda assim seguem de portas abertas. Uma funcionária da Mundial do Poder de Deus — cuja sede chama “Cidade Mundial dos Sonhos de Deus” — disse por telefone que a igreja seguia com a programação normal e que “quem tem fé em Deus tá protegido”. Apesar da declaração em vídeo do presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), José Wellington Junior, orientar higiene e cuidado para evitar a propagação do vírus, um homem que atendeu o telefone na sede da CGADB e que se identificou como irmão Paulo, informou que as igrejas seguem abertas, com a higiene reforçada, e que os cultos estão ocorrendo normalmente. Segundo ele, as maiores igrejas da Convenção têm capacidade para cerca de 6 mil pessoas. “A igreja precisa estar presente, nós somos o povo de Deus”, explicou irmão Paulo.

Na linha de frente da resistência ao isolamento, o pastor e líder da igreja pentecostal Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, que tem mais de 1 milhão e 400 mil seguidores no Twitter, tem se pronunciado frequentemente por meio das suas redes sociais dizendo que não fechará suas igrejas a não ser com ordem judicial. Malafaia tem criticado pastores que têm optado por fechar as portas por conta da pandemia e encorajado seus fiéis a “não terem medo”.

Coronavírus X Coronafé

“A Igreja Universal mantém-se aberta”, anunciou o porta-voz da instituição, bispo Renato Cardoso, em comunicado oficial intitulado: “A Universal e o coronavírus”, divulgado na última terça-feira (17) nas redes sociais. A igreja comandada pelo bispo Edir Macedo avisou que não vai suspender os cultos e que irá abrir os templos para oração ao longo de todo o dia com pastores de plantão.

“A partir das nove horas da manhã, da primeira reunião, até a última reunião da noite e todos os horários intermediários nós estaremos abertos para você entrar, fazer suas orações, ir até o altar, apresentar a sua oferta, o seu voto, o seu dízimo, a sua oração, as suas preces, os seus pedidos pelos seus familiares e se quiser conversar com o pastor, os pastores estarão de plantão para ajudar. Não somente aqui no Templo de Salomão, como em todos os templos da Igreja Universal do Reino de Deus em todo o Brasil”, afirmou no vídeo publicado, Renato Cardoso, que é genro de Edir Macedo.

Na última sexta-feira (13), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) determinou, por meio de um decreto, a suspensão de eventos com mais de 500 pessoas. No domingo, no entanto, o culto das 9h30 no Templo de Salomão, capaz de abrigar quase 10 mil pessoas, estava cheio.

A Universal divulgou, na segunda-feira (16), as providências que irá adotar para evitar o contágio pelo coronavírus em seus templos: “antes de entrar no culto, é oferecido ao visitante álcool em gel ou água e sabão para lavar as mãos; dentro dos templos, as pessoas são orientadas a se sentarem distantes umas das outras, mantendo pelo menos uma ou duas cadeiras vazias entre si; serão evitadas orações com imposição de mãos; também recomendamos que as pessoas idosas com saúde fragilizada permaneçam em casa”, anunciou.

Apesar do discurso, a realidade é diferente. Na manhã de quarta-feira (18) a reportagem ligou para o Templo de Salomão, sem se identificar, questionando se estavam limitando o número de pessoas nos cultos. “Hoje está normal”, respondeu o pastor Rodrigo. “Se foi divulgado (o comunicado da igreja), não chegou até o meu conhecimento, mas creio que daqui para essa semana, Deus vai pôr as mãos no nosso Brasil, mas não só em nosso Brasil, mas em todo o mundo”, pregou ao telefone. Segundo ele, os fiéis estão lavando as mãos antes de entrar nas reuniões, recebem o álcool em gel e são orientados a manter a distância entre as cadeiras.

Na Catedral Mundial da Fé, sede da Universal no Rio de Janeiro, segundo estado com mais casos confirmados do coronavírus, a conversa foi a mesma. Lá, de acordo com o pastor Ronaldo, também continua “tudo normal”. “Isso aí é só a proteção de Deus. Vamos colocar assim, a senhora tem que trabalhar com dinheiro, se a senhora pegar uma nota, se a senhora não tiver a proteção de Deus, até com aquela cédula o vírus entra”, observou. “Então, tem que ter a proteção de Deus, a senhora vai entrar, vai colocar a mão no corrimão, então tem que crer em Deus”, acrescentou.

Antonieta dos Santos, de 55 anos, que frequenta o Templo de Salomão semanalmente, e mora com os filhos, o marido e a mãe de 90 anos em Itaquera, zona leste de São Paulo, diz que está tomando algumas precauções como lavar as mãos e as roupas quando chega em casa antes de se aproximar da mãe idosa e que não acha tão perigoso continuar a rotina. “Lá na igreja eles estão cautelosos. Pra mim foi uma grande surpresa eles terem lá recipientes gigantes, como se fosse uma taça de champanhe gigante, nessa taça você lavava as suas mãos e na outra taça jogavam água nas nossas mãos, aí já tinha uma outra pessoa na nossa frente com álcool em gel”, relata Antonieta diz estar ciente do risco, ainda mais por ser diabética e hipertensa mas afirma que se a igreja continuar aberta, vai frequentar os cultos. Sua filha, Tainá Campos, de 19 anos, que não costuma frequentar o Templo mas que por conta da liberação das aulas foi com a mãe na segunda-feira (16), conta que o pastor começou a pregação fazendo uma oração para acabar com o coronavírus, “Disse que deveríamos ter cuidado e precaução, mas pra gente não perder a fé e não deixar de ir à igreja, não falou de nenhuma medida de prevenção.”

Medidas insuficientes

Para o epidemiologista e professor do Instituto de Medicina Tropical da USP, Expedito Luna, não é suficiente restringir os cultos a menos pessoas ou fazer esquema de plantão. Ele explica que a transmissão da doença pode ocorrer tanto por contato com pessoas infectadas, como também em superfícies que tenham o vírus — ou seja, ao tocar onde uma pessoa contaminada tocou.

Luna ressaltou que as pesquisas estão mostrando que o coronavírus é capaz de sobreviver por algumas horas em algumas superfícies, como plástico e metal, por exemplo. “Existe a permanência do vírus, isso demandaria de um local público, como os hospitais estão fazendo, a limpeza a cada pessoa. Exigiria das igrejas a higienização muito frequente — o que só deve ser utilizada em situações extremas. No hospital a pessoa está doente, de coronavírus ou de outras coisas, não pode evitar estar ali, então vai se usar esse tipo de medida. Acho que as igrejas não devem ser tratadas de forma diferente de um cinema, de uma escola. Qual a diferença?”, questiona o epidemiologista. “São aglomerações de pessoas desnecessárias e que poderiam ser evitadas”, acrescentou.

A pernambucana Rosivandi Alves, evangélica de 31 anos, moradora de Jaboatão dos Guararapes e frequentadora da Assembleia Novas de Paz — ministério ligado à deputada estadual paulista Clarissa Tércio (PSC) – também diz que vai continuar a frequentar os cultos normalmente. Além de um bebê de três meses, Rosivandi tem uma mãe idosa que não mora com ela e três filhos de 12 e 5 anos.“Conforme a orientação do pastor, a gente não vai parar. O templo está lotado, graças a Deus. É só um cumprimento da palavra do senhor, tá escrito na Bíblia que isso ia passar e ia pegar muita gente de surpresa aqui na terra. E a gente tá aqui, indo frequentemente, nas quartas, nos domingos. E para honra e glória do Senhor tá indo tudo bem”, diz. Rosivandi ainda cita o Salmo 91, que fala que “‘aquele que habita no esconderijo do altíssimo… Que nem uma praga chegará a nossa tenda’ então, pra que a gente temer se existe um Deus no céu, grande e poderoso que pode livrar? E ele (o pastor) tá sempre alertando os cuidados em casa, a gente que tem mãe idosa, filhos pequenos. O álcool em gel, lavar as mãos. Aqui tá todo mundo sob controle da palavra do senhor. Hoje tem vários ciclos de oração. O senhor tem falado que vai cuidar. Vai dar um basta nesse coronavírus”. Segundo Rosivandi, o culto do último domingo tinha mais de 600 pessoas. “Agora, como estão dando recesso, férias, as pessoas estão indo mais”.

Coronadúvida

Edir Macedo tem pregado aos seus seguidores que o coronavírus só atinge quem não tem fé. “Veja só, todo mundo está falando no coronavírus e o mundo inteiro está ajoelhado diante dessa maldição, dessa praga chamada coronavírus. Muitas pessoas estão internadas, muitas pessoas estão em quarentena e o pior, a maioria das pessoas — porque no planeta são 7,5 bilhões de pessoas e morreram algumas milhares de pessoas com essa praga — mas, o pior de tudo é que a maioria das pessoas não sabe que a maior praga não é a coronavírus, é a coronadúvida e para você enfrentar o coronavírus, que é a coronadúvida, você que está ileso do coronavírus, você tem que estar com o antídoto que é chamado de coronafé”, afirmou o líder da Universal em vídeo publicado em seu Instagram.

Coronafé, explicou, “é aquela confiança, aquela certeza de que Deus está contigo e que ele nunca, jamais, em tempo algum vai falhar com aqueles que nele tem crido, naqueles que têm depositado a sua fé nele. A coronafé é para apenas aqueles que creem com toda as forças, de toda a sua alma, de todo o seu coração, de todo o seu pensamento, naquilo que está escrito na palavra de Deus”.

O líder da Igreja Universal do Reino de Deus também chegou a publicar um vídeo em que diz que o coronavírus não passa de uma estratégia de Satanás e da mídia para induzir as pessoas ao pânico. “Meu amigo e minha amiga, não se preocupe com o coronavírus. Porque essa é a tática, ou mais uma tática, de Satanás. Satanás trabalha com o medo, o pavor. Trabalha com a dúvida. E quando as pessoas ficam apavoradas, com medo, em dúvida, as pessoas ficam fracas, débeis e suscetíveis. Qualquer ventinho que tiver é uma pneumonia para elas”, afirmou. A publicação foi apagada pelo bispo depois que o patologista Ben Schmidt excluiu o depoimento que publicara no Youtube. Edir Macedo havia usado o testemunho do especialista para amenizar a gravidade da pandemia.

Outro significado dado ao coronavírus pela Universal é o de que ele é o anúncio do fim dos tempos. “O que significa o coronavírus diante da palavra de Deus? Jesus falou sobre o princípio das dores. Ele disse que a terra vai pegar fogo, mas se a terra vai pegar fogo, saiba de uma coisa, coronavírus é só uma faísca. Eu não falo isso para colocar medo não. Eu falo isso para você se inteirar do que as profecias estão falando a respeito do final dos tempos”. Com essa declaração, o bispo Renato Cardoso encerrou o comunicado sobre a “Universal e o coronavírus”. O tema também foi abordado por ele no culto das 20 horas, “Escola da fé inteligente”, realizado na quarta-feira (18), no Templo de Salomão.

Sacrifício contra a praga e a coroa do diabo

Algumas megaigrejas como a neopentecostal Renascer em Cristo mudaram o posicionamento ao longo desta semana e, como outras evangélicas que já haviam se adiantado nas medidas de quarentena, passaram a transmitir os cultos online – porém com os templos abertos e mantendo uma escala de pastores e obreiros para receber pessoas. Mas no último domingo (15) o casal fundador da Renascer Sônia e Estevam Hernandes, ainda presencialmente na sede da Renascer em São Paulo, aproveitaram o momento durante o “Culto da Superação” para pedir uma “oferta de sacrifício” a fim de evitar “a praga”. Lendo o capítulo 12 do livro de Êxodo na Bíblia, lembraram a passagem em que um anjo da morte levaria os primogênitos das casas que não pertenciam ao povo de Deus e onde não houvesse o sangue de um cordeiro macho oferecido em sacrifício, passado de forma específica nos batentes das portas. No capítulo, Deus dá ao povo instruções precisas de que cordeiro escolher, como fazer o sacrifício e como passar o sangue na casa. “Não é aquilo que você quer dar, é o que Deus quer receber” enfatiza a bispa neste vídeo, na pregação de arrecadação de dízimos e ofertas. “Naquela noite vai passar uma praga em que todos os primogênitos vão morrer mas o sangue da oferta vai ser um sinal na sua casa”, pregou. Se referindo a Deus falando ao povo e entregando peças douradas nas mãos das pessoas que se colocam diante do palco, ela acrescenta: “Cobrindo meu altar de oferta eu saio e luto a tua guerra com a arma que você não tem. Eu te defendo. Sua empresa está bloqueada? Faz a Mezuzah do Santuário, divide em 10 vezes (…) faz um desafio com Deus, você pode fazer um desafio de mil reais, de R$ 300, você pode cobrir sua casa especificamente contra essa praga”. A bispa se refere ao pagamento de cerca de R$ 1.500 que podem ser divididos em um carnê mensal que dá direito a orações e, a partir da terceira parcela, a uma réplica da Mezuzah, artefato dourado usado pelos judeus nas portas das casas como símbolo de aliança e proteção. É importante manter o pagamento em dia para garantir a proteção e também que a oferta seja de fato um sacrifício para o fiel, algo que realmente custe.

Em um culto cheio na sede da Igreja Internacional da Graça em São Paulo em 11 de março, o missionário RR Soares afirmou que “não é para o povo de Deus ficar com medo desse vírus que tá vindo por aí chamado coronavírus” e que “ele é a coroa do diabo mas nós temos a coroa de Jesus sobre nós. A profecia no Apocalipse diz que vai chegar o tempo em que a terça parte das pessoas vão morrer mas não tá nessa época ainda não (…) Seja coroa de onde for nós vamos amarrar em nome de Cristo e mandar embora. Nós não podemos ter medo de jeito algum”. A igreja de RR Soares tem mais de 5 mil templos espalhados por diversos países.

O próprio presidente Jair Bolsonaro – que por várias vezes minimizou a gravidade da pandemia – instigado por uma comitiva de evangélicos que o aguardava junto ao Palácio do Planalto no dia 17 de março, “profetizou contra o coronavírus”. No vídeo Bolsonaro pede a um pastor que ore para que o povo “não entre em pânico porque esse problema vai passar”. Então todos cantam: “Vem com Josué lutar em Jericó e as muralhas ruirão” e ao final, todos, inclusive Bolsonaro, dizem juntos: “Nós profetizamos a extinção do coronavírus no Brasil”.

As igrejas estão perdoadas

As igrejas têm passado imunes às recomendações dos governos estaduais e do Ministério da Saúde para suspender eventos com grande aglomeração de pessoas. As autoridades estão se esquivando de determinar o fechamento das igrejas, apesar do grande potencial de propagação da doença que elas têm.

Dos 20 estados com casos confirmados de pessoas contaminadas com o coronavírus até quarta-feira (18), nenhum determinou o fechamento das igrejas, alegando que elas entram nas recomendações gerais sobre aglomerações. Não menos importantes, no entanto, já existem medidas nesse sentido para bares, restaurante, shopping centers e academias.

O governo de São Paulo, por exemplo, anunciou na quarta-feira, o fechamento de todos os shopping centers e academias de ginástica da capital paulista e região metropolitana até o próximo domingo. No mesmo dia, a prefeitura proibiu o funcionamento do comércio a partir desta sexta-feira. O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) também assinou na quarta-feira um decreto determinando o fechamento de bares, restaurantes, academias, clubes e qualquer estabelecimento de acesso público que aglomere mais de 10 pessoas em Belo Horizonte. Os alvarás de funcionamento dos empreendimentos serão suspensos.

O governo do Distrito Federal suspendeu o funcionamento de boates, casas noturnas, shoppings, clubes e feiras populares, cinema e teatro. A sede da Igreja Universal do Distrito Federal informou que está seguindo as orientações do estado e restringindo o número de pessoas nos cultos, mas se mantém de portas abertas.

Em Pernambuco, de acordo com a assessoria de comunicação do governo do Estado, o governador Paulo Câmara (PSB) conversou com o arcebispo Dom Fernando Saburido e com representantes de outras igrejas para respeitarem o decreto que proibiu a realização de eventos com concentração superior a 50 pessoas. “Nesta terça-feira (18), o governador e o procurador-chefe do Ministério Público Estadual, Francisco Barros, estiveram reunidos com a ampla maioria dos prefeitos do Estado para discutir a pandemia, e um dos pontos de pauta foi a questão das igrejas. Os prefeitos concordaram em fiscalizar suas respectivas cidades e articular com os líderes”, informou a assessoria do governo de Pernambuco, por meio de nota.

O pastor Cristiano, da sede da igreja Universal em Belo Horizonte, garantiu que a igreja não será afetada. “Estamos funcionando normal. Não estamos restringindo ninguém, está tudo normal. A única coisa que mudou é que está passando álcool em gel na entrada”, reforçou.

Até quarta-feira, a agenda da sede da Igreja Universal em Pernambuco estava funcionando normalmente, mas com número de pessoas restrito. “Você chega e recebe um número de inscrição”, contou a atendente à reportagem.

Silas Malafaia voltou a afirmar nesta quinta-feira (19) em vídeo publicado em seu canal no YouTube, que não vai diminuir o número de cultos nem fechar igrejas durante a pandemia. Desafiou os governadores e prefeitos das cidades onde tem templos a procurarem a justiça e “pegar uma liminar” se quiserem que fechem as portas. Na última terça-feira, na sede lotada de sua Igreja no Rio de Janeiro, chamou ainda líderes evangélicos que estão criticando sua resistência às recomendações do Ministério da Saúde de “profetas do caos”.

No dia 18, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional emitiu nota pedindo a reabertura dos templos para enfrentar o que chamou de “pandemia maligna”. “Sabemos que a Igreja é lugar de refúgio para muitos que se acham amedrontados e desesperados. Por isso, neste momento de tanta aflição, é fundamental que os templos, guardadas as devidas medidas de prevenção, estejam de portas abertas para receber os abatidos e acolher os desesperados”.

Imagem: Igreja Mundial do Poder de Deus segue com as atividades normais. Funcionária afirmou à reportagem que a pessoa que tem fé em Deus está protegida do coronavírus

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