MPF volta a pedir suspensão de licenças ambientais de conjunto habitacional em Duque de Caxias (RJ)

Obras que estão sendo feitas pela Taurus Empreendimentos Imobiliários provocaram desmatamento de vegetação do Morro dos Cabritos, importante corredor ecológico

Procuradoria da República no Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal (MPF) voltou a reiterar a necessidade de concessão de tutela de urgência para para suspender as licenças ambientais concedidas para a construção de um conjunto habitacional pela Taurus Empreendimentos Imobiliários em Xerém, no município de Duque de Caxias (RJ). O empreendimento está localizado no Morro dos Cabritos, que constitui uma área de preservação permanente dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) do Alto Iguaçu e faz parte do corredor ecológico da Reserva Biológica (Rebio) do Tinguá.

A ação civil pública foi protocolada pelo MPF na Baixada Fluminense há pouco mais de um mês e há relatos de continuidade do processo de desmatamento no local. Por isso, o órgão ministerial reforça mais uma vez a necessidade de se impedir imediatamente o prosseguimento das obras. “O princípio da prevenção, como o nome sugere, em matéria ambiental impõe o máximo de responsabilidade coletiva no trato preventivo dos problemas potenciais. É o que deve ditar este momento processual. É necessário manter as obras paralisadas, ao menos por ora, pois prosseguir na construção inviabilizará eventual regeneração da flora local”, afirma o procurador da República Julio José Araujo Junior.

A licença ambiental foi negada pelo Ibama em 2015, mas concedida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação de Duque de Caxias, contrariando a manifestação do Ibama e sem a realização de consulta prévia à chefia da Rebio Tinguá e à chefia da APA do Alto Iguaçu. No curso desta ação civil pública, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) já se manifestou considerando que o local do empreendimento está em área de influência da Rebio do Tinguá e APA Petrópolis.

Arte: Secom/PGR

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