230 associações e empresas do agronegócio e organizações ambientalistas ligadas à Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura encaminharam ontem ao governo um conjunto de propostas para deter o desmatamento da Amazônia. A iniciativa é mais uma tentativa de resposta efetiva às demandas internacionais para que o Brasil combata a destruição florestal, sob o risco do país perder acesso a mercados no exterior.
O grupo propôs seis frentes de ação:
1) retomada e intensificação da fiscalização, com responsabilização pelos ilícitos ambientais;
2) suspensão dos registros do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de terrenos que se encontram em áreas de Florestas Públicas, com responsabilização por eventuais desmatamentos ilegais;
3) destinação de 10 milhões de hectares para proteção e uso sustentável, especialmente em regiões sob forte pressão de desmatamento;
4) adoção de critérios socioambientais na concessão de financiamento;
5) total transparência e eficiência às autorizações de supressão da vegetação; e
6) suspensão de todos os processos de regularização fundiária de imóveis que contenham áreas desmatadas depois de julho de 2008.
De acordo com a Coalizão, a redução do desmatamento no curto prazo é fundamental para o Brasil, “não somente pelo avanço das perdas socioambientais envolvidas, mas também pela ameaça que a destruição florestal na região impõe às questões econômicas nacionais”.
A íntegra do documento pode ser acessada aqui. O Estadão e o Jornal Nacional deram grande repercussão às propostas.