Em Maceió, organizações sociais cobram plano de enfrentamento aos efeitos da pandemia

Protesto exige celeridade na construção do Plano para o Enfrentamento dos Efeitos Econômicos e Sociais da pandemia do Covid-19 entre os mais pobres

Por Gustavo Marinho, da Página do MST

Reunindo uma série de organizações, entidades e movimentos populares, esta quarta-feira (06) é marcada por protestos na porta da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Campus A.C. Simões, em Maceió.

Com faixas, bandeiras, cartazes e palavras de ordem, o ato simbólico exige celeridade na construção do Plano para o Enfrentamento dos Efeitos Econômicos e Sociais da pandemia do Covid-19 entre os mais pobres. Segundo os organizadores da mobilização, que após quatro meses de ter sido encaminhado, na reunião do Conselho Integrado de Políticas de Inclusão Social (CIPIS), até o momento o plano não foi apresentado à sociedade alagoana.

Com a realização da atividade o intuito é dialogar com a população sobre a necessidade de assegurar recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FECOEP), para enfrentar os impactos da pandemia do Covid-19 entre a população pobre de Alagoas. “O Fecoep precisa ajudar os mais pobres na pandemia”, aponta o lema da campanha.

A construção do Plano foi encaminhada na última reunião do CIPIS, no mês de agosto do ano passado, a partir da constituição de um Grupo de Trabalho coordenado pela UFAL, mas até o momento não há nenhum avanço concreto em sua elaboração.

No manifesto apresentado durante o ato, a campanha exige da Reitoria da UFAL a imediata apresentação de uma versão preliminar do Plano. “É inadmissível que os 570 (quinhentos setenta) mil alagoanos extremamente pobres, que representam 17,2 % dos 3.314 milhões de habitantes do Estado, segundo dados do IBGE, sigam condenados ao desamparo e o desalento em função da letargia na elaboração, aprovação e execução de um Plano Emergencial que os socorra imediatamente”, destaca trecho do documento.

Confira o manifesto na íntegra:

MANIFESTO: QUEM TEM FOME, TEM PRESSA!

As entidades e movimentos sociais que coletivamente coordenam a campanha: “O Fecoep precisa ajudar os mais pobres na pandemia”, cujo objetivo é assegurar que os recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FECOEP) sejam destinados a elaboração de Plano Emergencial para mitigar o severo impacto do novo coronavírus, entre a população que vive na extrema pobreza no estado de Alagoas e demais atores sociais, vem a público apresentar o seguinte MANIFESTO:

1. A sociedade alagoana é testemunha da luta para que o FECOEP, cumprindo seu objetivo finalístico, socorra os mais pobres dos agudos efeitos sociais e econômicos da Pandemia;

2. Somente após a propositura de uma Ação Civil Pública, em tramitação na 31ª Vara Cível da Capital, acompanhada de uma ampla mobilização nas redes sociais, que congregou mais de 100 entidades/movimentos sociais das cidades e do campo, o Conselho Integrado de Políticas de Inclusão Social (CIPIS), em reunião no dia 19 de Agosto, deliberou pela constituição de um Grupo de Trabalho, coordenado pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), para elaboração de um Plano para o Enfrentamento dos Efeitos Econômicos e Sociais da Pandemia do Covid-19 entre os mais pobres:

3. É inacreditável que transcorridos mais de 4 (quatro) meses dessa deliberação, o Grupo de Trabalho, coordenado pela UFAL, sequer tenha apresentado uma versão preliminar do Plano, nem para sociedade, nem mesmo para o próprio Conselho;

4. É inadmissível que os 570 (quinhentos setenta) mil alagoanos extremamente pobres, que representam 17,2 % dos 3.314 milhões de habitantes do Estado, segundo dados do IBGE, sigam condenados ao desamparo e o desalento em função da letargia na elaboração, aprovação e execução de um Plano Emergencial que os socorra imediatamente.

Por todo o exposto, cobramos:

Ao Reitor da Universidade Federal de Alagoas que apresente, em uma ampla plenária com as entidades/movimentos sociais, com máxima urgência, a versão preliminar do Plano.

Quem tem Fome, tem Pressa!

*Editado por Solange Engelmann

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