Marcelo Queiroga afirma que o SUS é a “melhor ferramenta” para enfrentar a pandemia

Ministro da Saúde participou de audiência pública virtual de duas comissões da Câmara dos Deputados.

Pedro Calvi / CDHM​

De acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, que contabiliza os números da pandemia, nesta terça (30/3) o país registrou 3.780 mortes. Pelo quinto dia consecutivo teve a maior média de óbitos da pandemia, 2.728. No combate à doença, já foram aplicadas no total 21.883.663 doses de vacina, 16.937.084 da primeira dose e 4.946.579 da segunda dose, segundo informações das secretarias de Saúde.

Para explicar as medidas e ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde para enfrentar a pandemia, o ministro Marcelo Queiroga participou, nesta quarta-feira (31/3), de audiência pública conjunta das Comissões de Direitos Humanos e Minorias e de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, CDHM e CSSF. O novo ministro assumiu o cargo no último dia 23.

Os parlamentares sugeriram que o Programa Nacional de Imunizações priorize a população pobre, negros, comunidades tradicionais. Ainda, que também chegue rapidamente aos jovens para evitar uma terceira onda da pandemia. Também pediram urgência no fortalecimento do SUS com orçamento e estrutura, campanhas de informação, quebra de patentes de vacinas, ampliação da testagem e ações para tratamento de sequelas pós-Covid.

Vacinação

Queiroga afirmou que o país superou o número de 900 mil pessoas vacinadas por dia e que, até abril, deve chegar a 1 milhão, além da importância do Programa Nacional de Imunizações (PIN). “Um programa que é referência mundial em vacinação, com 37 mil salas de vacinas em todo país, com capacidade de 2,4 milhões de brasileiros por dia”.

“Temos 562 milhões de doses de vacinas contratadas, tanto produzidas no Brasil ou com insumos importados. Desse total, 34 milhões já distribuídas. Também nos aproximamos da comunidade científica para buscar práticas sólidas e protocolos sanitários essenciais”, pontua Queiroga.

O ministro lembrou que uma variante do vírus tem atingido os mais jovens e pressionado o sistema de saúde.

“Não nego que temos problemas com o fornecimento de kits de intubação, sedativos e bloqueadores musculares. A indústria farmacêutica tem dificuldades em fornecer grandes quantidades. Para superar essa situação a melhor ferramenta é o SUS, que estamos fortalecendo, articulando com as secretarias estaduais e municipais, além de conselhos da sociedade civil e associações de medicina”.

“Estamos atuando junto à Anvisa para monitorar os estoques da indústria brasileira e para não acontecer desequilíbrio na aquisição e distribuição dos insumos”, informa o ministro.

Queiroga falou ainda sobre a importação do Canadá de caminhões para suprir a grande demanda de distribuição de oxigênio aos estados. Campanhas de informação também devem ser veiculadas nos próximos dias.

“Já recebemos os ministros que antecederam o atual e essa Casa é parceira das iniciativas para combater a pandemia. Uma ideia é a criação da carteira de vacinação online para atualização dos dados da população”, sugere Dr. Luizinho (PP/RJ), presidente da Comissão de Seguridade Social e Família.

Páscoa

“Conclamo a população para que evite festas e comemorações no feriado da Semana Santa, que adote as medidas sanitárias como uso de máscara, sem aglomerações. Quero convencer a sociedade brasileira a aderir a essas ações e, quando possível, retomar a atividade econômica”.

“É uma doença grave, mas temos que olhar para frente e buscar uma união nacional. Salvar vidas, aliviar o sofrimento e confortar, a ciência aliada ao humanismo. Não tenho uma vara de condão, sou um elemento associado a todos os senhores do Congresso”.

Queiroga não respondeu questões políticas. “Não estou aqui para fazer política, sou médico e meu trabalho é salvar vidas”.

O presidente da CDHM, Carlos Veras (PT/PE), finalizou agradecendo a presença de Queiroga e ressaltou a importância das informações trazidas pelo novo ministro à audiência na Câmara chegarem a toda população brasileira. “Sugiro um pronunciamento em rede nacional recomendando às pessoas a ficarem em casa, não fazerem festas, manter o distanciamento social e a tomarem a vacina, que é fundamental para o combate à Covid-19”.

Reprodução/ Marcello Casal Jr. /Agência Brasil

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