Sob Bolsonaro, Amazônia vira “terra sem lei”

ClimaInfo

O avanço da violência armada no Brasil acontece de maneira particularmente preocupante na Amazônia. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta 5ª feira (15/7) mostram uma explosão no número de mortes violentas intencionais em todo o país, com a região amazônica despontando como uma das áreas mais problemáticas, com a participação crescente de facções em crimes ambientais.

Como o UOL destacou, a intensificação do garimpo no último ano, impulsionado pela valorização do ouro no mercado internacional e pelo enfraquecimento da fiscalização, foi puxada por organizações criminosas. Esses grupos deixaram de controlar apenas os presídios do Norte do Brasil e passaram a se envolver com o garimpo, aproveitando as conexões já estabelecidas para o tráfico de drogas na região. O resultado disso foi um aumento nos casos de ataque armado contra Comunidades Tradicionais, especialmente Povos Indígenas.

A flexibilização do acesso às armas e o enfraquecimento dos órgãos de fiscalização ambiental também foram cruciais para essa explosão da criminalidade na Amazônia. “As facções se beneficiaram do que a gente chama de brecha entre União, governos estaduais e prefeituras, ocupando o território sem enfrentar resistência dos órgãos de fiscalização. Não estamos perdendo a soberania nacional na Amazônia para outros países ou organizações internacionais. Estamos perdendo o território para o crime organizado”, observou Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum.

Também no UOL, Joel Pinheiro ressaltou como a leniência do governo Bolsonaro com a ilegalidade na Amazônia facilitou a vida dos criminosos, em prejuízo à integridade e à proteção de comunidades locais e povos indígenas. “A Amazônia nunca foi um exemplo de lei e de ordem, mas agora no governo Bolsonaro tem virado uma verdadeira terra sem lei, e o crime organizado faz uso disso”.

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