Operação Akuanduba: Polícia Federal vê indícios de fraude na documentação de madeira suspeita

ClimaInfo

Uma perícia feita pela Polícia Federal encontrou indícios de fraude na documentação de carregamentos de madeira de origem suspeita da Floresta Amazônica, um dos escândalos que ajudaram a derrubar Ricardo Salles do ministério do meio ambiente. Segundo a PF, os documentos apresentam elementos que sugerem um esquema de “lavagem” de produtos florestais – uma tentativa de passar como legal uma carga de madeira extraída da Amazônia de maneira ilegal, com o uso de documentação expedida oito meses após a extração do material.

A perícia foi feita a partir dos documentos e informações repassados pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA, que foi o primeiro a suspeitar sobre a origem da carga. Os dados sugerem um “possível grave esquema de conluio entre agentes públicos brasileiros e particulares” no Brasil e nos EUA para legalizar madeira brasileira, de origem ilegal, retidas em portos norte-americanos. CNN BrasilCarta CapitalG1 e Veja deram mais informações.

O desbaratamento desse esquema pela PF em maio passado, a partir da Operação Akuanduba, resultou no afastamento de Eduardo Bim da presidência do IBAMA, além de outros servidores suspeitos de envolvimento com ilegalidades, e na abertura de um inquérito contra Salles no Supremo Tribunal Federal, que acabou pedindo demissão do governo um mês depois. Por causa dessa demissão, o delegado Franco Perazzoni, responsável pela investigação, pediu que o processo contra Salles fosse repassado à Justiça Federal do Pará, o que foi prontamente aceito pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. O argumento é de que Salles perdeu o foro privilegiado ao deixar o governo e que a origem da madeira suspeita são reservas florestais no município paraense de Altamira.

A operação Akuanduba revela o envolvimento do ministro Ricardo Salles e de seu indicado, Eduardo Bim, para esquentar madeira ilegal (Foto: reprodução das redes sociais)

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