Um grupo de garimpeiros tentou impedir nesta 3ª feira (24/8) a passagem de um comboio do Exército e da Força Nacional de Segurança Pública em uma rodovia no Pará. Os militares auxiliariam uma ação do IBAMA e da Polícia Federam em combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Kayapó. Na ação, o grupo destruiu uma ponte e abriu uma vala na estrada com uma retroescavadeira.
De acordo com o G1, o bloqueio foi resposta à destruição de maquinário apreendido pelo IBAMA em uma área de garimpo ilegal no começo da semana. Além dos equipamentos, os fiscais também encontraram caminhões e quase 60 mil litros de diesel. O portal R7 também repercutiu a notícia.
Mourão: O general vice-presidente confirmou que a presença das Forças Armadas no combate ao desmatamento e às queimadas na Amazônia será prorrogada por mais 45 dias. No cronograma original, a missão de garantia da lei e da ordem (GLO) terminaria no final de agosto. Mourão também confirmou que fará uma nova viagem com embaixadores estrangeiros à Amazônia; de acordo com o vice, o plano é levar os diplomatas para a região oriental da floresta, área que concentra os maiores focos de desmatamento. Folha e O Globo deram mais informações.
Enquanto isso, Daniela Chiaretti destacou no Valor trechos da fala do ministro do meio ambiente, Joaquim Leite, à Câmara dos Deputados nesta semana. À parte a lenga-lenga de sempre, o ministro defendeu um “novo plano de combate ao desmatamento ilegal” baseado em cinco pilares: ambiente de negócios, inovação, regularização fundiária, pagamento por serviços ambientais, e ações de comando e controle. Infelizmente, Pereira Leite não entrou em detalhes sobre os tópicos e sobre o planejamento geral do governo para reverter os índices de desmatamento na Amazônia.
Em tempo: Na série de reportagens do InfoAmazonia sobre o impacto das queimadas na Amazônia, Guilherme Guerreiro Neto abordou como o fogo está intimamente relacionado com uma cadeia de atividades criminosas e destrutivas. A grilagem de terras, o avanço da fronteira agropecuária, a exploração de madeira, as megaobras de infraestrutura e a violência contra indígenas e comunidades tradicionais despontam como as principais causas da intensificação dos incêndios na floresta nos últimos anos. A Folha também publicou a reportagem.