Um dos principais defensores da Amazônia, Thomas Lovejoy morre aos 80 anos

Conhecido como padrinho da biodiversidade, Lovejoy morreu em Washington, nos Estados Unidos. Causa da morte não foi informada.

Por g1

O biólogo e ambientalista Thomas Lovejoy morreu neste sábado (25) aos 80 anos em Washington, nos Estados Unidos. A causa da morte não foi informada. Ele foi um dos principais nomes em defesa da preservação da Amazônia e da biodiversidade da região.

Formado pela Universidade de Yale, Lovejoy fez a sua pesquisa de doutorado na Amazônia nos anos 60 e fincou raízes no Brasil. Em 1965, passou a desenvolver estudos sobre a floresta tropical.

Em entrevista concedida para a Fapesp em 2005, Lovejoy disse que, ao chegar ao Brasil em 1965, trabalhou no Instituto Evandro Chagas. Foi a partir daí que se envolveu de vez com a Amazônia.

“Sempre fui fascinado por diversidade biológica e imaginava ter uma vida cheia de aventuras científicas. A Amazônia era esse mundo selvagem inacreditável e tropical. Era como se eu tivesse morrido e chegado ao Paraíso. Era fascinante, e aos poucos passei de simplesmente fazer ciência a fazer ciência e conservação ambiental”, afirmou para a Fapesp.

Sua trajetória também ficou marcada por contribuir com vários governos dos Estados Unidos. Foi conselheiro dos ex-presidentes dos Estados Unidos Ronald Reagan e Bill Clinton. E serviu como enviado científico especial nas gestões Barack Obama e Joe Biden.

Foi ainda fundador do Amazon Biodiversity Center e do Biological Dynamics of Forest Fragmentation Project (BDFFP). Além disso, chefiou pesquisas para o Banco Mundial e para as Nações Unidas.

Ao longo da sua carreira, teve vários artigos publicados pela revista Nature, uma das mais importantes do mundo. Ajudou a criar a expressão’ “diversidade biológica”. Por sua pesquisa, se tornou conhecido como padrinho da biodiversidade.

No Brasil, foi reconhecido com a Ordem do Rio Branco (1988) e a Ordem do Mérito Científico (1998).

Foto: Divulgação/Birdlife

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