Comunidades da pesca e quilombolas protestam em leilão de poços de petróleo no litoral

Géssica Amorim, no Marco Zero

Nesta quarta, 13 de abril, pescadores artesanais e quilombolas de municípios do estado de Sergipe e da região metropolitana do Rio de Janeiro se reunirão em frente ao Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, para protestar e exigir o fim da extração de petróleo e gás em áreas que afetam populações tradicionais. O protesto conta com apoio e articulação da 350.org (movimento internacional que trabalha principalmente para acabar com a utilização de combustíveis fósseis no mundo).

Uma semana depois da divulgação de mais um relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) com dados alarmantes, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizará uma sessão pública de apresentação de ofertas do 3° Ciclo da Oferta Permanente sob o regime de concessão. Empresas petrolíferas poderão apresentar propostas para terem direito à exploração de petróleo e gás em 379 blocos de bacias sedimentares localizadas nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Dos 379 blocos, 326 (86%) estão localizados em estados do Nordeste.

A ExxonMobil, a multinacional de petróleo e gás norte-americana, que já iniciou a perfuração de 11 poços exploratórios da Bacia Sergipe-Alagoas, será um dos alvos dos participantes da manifestação, que pedem a interrupção das atividades da empresa na foz do Rio São Francisco e denunciam a expansão do risco socioambiental da extração de combustíveis fósseis em todo o Nordeste do país. A maior parte dos manifestantes fazem parte das comunidades prejudicadas por atividades empresas de petróleo e gás em suas regiões.

Crédito foto: Lucas Landau/350.org

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