Fiocruz lança livro sobre plantas medicinais e outros saberes tradicionais entre indígenas

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O livro Plantas medicinais: fortalecimento, território e memória guarani e kaiowá, ou Pohã Ñana: nãnombarete, tekoha, guarani ha kaiowá arandu rehegua, foi lançado nesta terça-feira (19/04), Dia dos Povos Indígenas, na Aldeia Manbai, no Mato Grosso do Sul, e terá um lançamento especial na quarta-feira, dia 20 de abril, na Escola Estadual Indígena Mbo eroy Guarani-Kaiowá.

A publicação registra o conhecimento sobre plantas medicinais e outros saberes tradicionais repassados entre sucessivas gerações de habitantes de seis localidades do território Guarani-Kaiowá: as aldeias Guapo’y (Amambai), Jaguapiré, Guasuty, Kurusu Amba, Tapyi Kora (Limão Verde) e Takuapery. Com 350 páginas, a obra foi organizada pelos pesquisadores Islândia Carvalho, da Fiocruz Pernambuco, Paulo Basta, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz) e pelas indígenas Aparecida Benites (Kuñatãi mbo`y arandu), que é historiadora e Ananda Meinberg Bevacqua (Kunãtai tucamby).

Disponível desde 2020, o livro editado pela Fiocruz Pernambuco será lançado só agora entre os indígenas por causa da pandemia de Covid-19, que provocou o fechamento das aldeias para visitantes. Na ocasião, também serão entregues o relatório da pesquisa Práticas tradicionais de cura e plantas medicinais mais prevalentes entre os indígenas da etnia Guarani-Kaiowá, coordenada por Basta e Islândia, e um memorial com fotos de três Nanderu (rezadores) que colaboraram com a pesquisa e morreram durante seu desenvolvimento. Serão entregues, ainda, dois CDs. Um com canções tradicionais, gravadas pelo grupo de dança Arandu e outro com canções de cura cantadas pela xamã Orida Vilhalva.

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