Se superar ameaça golpista, Brasil será visto como esperança de resistência. Por Jamil Chade

No Uol

Em meu retorno nesta semana aos escritórios da ONU, em Genebra, esbarrei com um velho conhecido. Um daqueles diplomatas estrangeiros que acompanhou negociações de paz que entraram para a história e que faz parte de um grupo seleto de embaixadores que são verdadeiros acervos vivos dos nossos tempos.

Ao me avistar, ele abriu um sorriso e brincou sobre o calor que abala a Europa: “e você que pensava que vinha de um país tropical…”

Mas o motivo de sua aproximação era outro: a eleição no Brasil. Assim como dezenas de governos pelo mundo, ele não escondia sua preocupação com o que uma ruptura democrática no país poderia significar para a região. O negociador, porém, se despediu com um tom positivo. “Eu espero que vocês deem uma bela surra no movimento autoritário no mundo”, disse o negociador. “Tem muita gente na torcida”, completou, com os punhos fechados que se contrastavam com a sofisticada abotoadura que exibia em seu terno impecável.

De fato, todos os estudos apontam na mesma direção: a autocratização do mundo é uma realidade. Hoje, a democracia plena é um luxo que atinge apenas 6% da população mundial, a menor taxa em mais de 30 anos.

Veja o texto completo de Jamil Chade

Imagem: IHU

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